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    Bandeiras ucranianas são hasteadas próximas à fronteira russa, dizem autoridades

    Autoridades locais da região de Kharkiv dizem que a bandeira ucraniana foi hasteada em assentamentos próximos à fronteira russa, confirmando a contínua retirada das forças invasoras na área.

    Kostan NechyporenkoVictoria ButenkoTim Listerda CNN

    Oleksandr Kulik, funcionário de Derhachi, cidade a nordeste de Kharkiv, disse que a bandeira ucraniana foi hasteada por moradores locais em Kozacha Lopan.

    A cidade de Kozacha Lopan estava ocupada pelos russos desde março e era um centro administrativo para as autoridades da ocupação. Ela fica a cinco quilômetros da fronteira russa e foi amplamente destruída durante o conflito.

    O vídeo de mídia social fornecido pelo conselho da cidade de Derhachi também mostrou moradores de outro assentamento, Tokarivka, levantando a bandeira ucraniana. Tokarivka também fica perto da fronteira russa.

    Viktoriya Kolodochka, chefe do distrito de Tokarivka, disse no domingo: “a vila foi desocupada esta manhã. As pessoas ouviram o rugido do equipamento militar russo, que começaram a se reunir pela manhã e começaram a fugir”.

    Kolodochka, que não está na cidade, mas mantém contatos lá, disse à CNN por telefone que os russos deixaram muita munição para trás.

    Ela também falou dos meses sob ocupação e os descreveu como “muito assustadores”. Ela disse que as tropas de ocupação eram da milícia de Luhansk. Ela alegou que eles espancaram e intimidaram os moradores locais.

    “Eles levaram as pessoas para o porão da escola, espancaram-nas, eletrocutaram-nas, forçaram-nas a cavar trincheiras, forçaram-nas a dar informações sobre pessoas que trabalhavam em órgãos estatais ucranianos. Mas não mataram ninguém”, disse ela à CNN.

    Kolodochka disse que não havia ajuda humanitária até agosto. Ela disse que as pessoas sobrevivem principalmente com seus próprios produtos da horta. Ainda contou que deixou a cidade em abril, mas seus pais ficaram para trás.

    “Há pessoas restantes [em Tokarivka] que estão esperando por nossos militares”, disse ela. “As pessoas realmente precisam de ajuda. Há dez velhinhas paralisadas. Há pessoas com diabetes e asma. Elas sobrevivem o melhor que podem. Os remédios são muito necessários.”.

    Quanto aos que morreram durante a ocupação, Kolodochka disse à CNN: “há pessoas enterradas em seus quintais, nós apenas as enterramos em seus quintais”.

    Ela acrescentou que ainda há uma grande incerteza sobre o que vai acontecer. “as pessoas ainda estão com medo. Eles vão parar de atirar? É verdade que os russos foram embora? Ou não? Eles estão esperando tanto pelos militares ucranianos.”

    Mas ela insistiu: “Vamos sobreviver a tudo para estar em casa”.

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