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    Autoridades ucranianas acusam russos de bombardear maternidade em Mariupol

    Imagens mostram ala de hospital atingida, mas não há informações sobre possíveis vítimas; Rússia ainda não se pronunciou sobre episódio

    Imagem divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia. Prédio cuja fachada apresenta marcas de explosão seria um hospital infantil e maternidade. Ucrânia acusa Rússia de ataque aéreo no local.
    Imagem divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia. Prédio cuja fachada apresenta marcas de explosão seria um hospital infantil e maternidade. Ucrânia acusa Rússia de ataque aéreo no local. MFA Ucrânia / Twitter

    Tim ListerOlga Voitovychda CNN

    em Kiev

    O conselho da cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, postou um vídeo de uma maternidade devastada na cidade e acusou as forças russas de lançar, nesta quarta-feira (9), várias bombas em ataques aéreos.

    “A destruição é enorme. O prédio do centro médico onde as crianças foram tratadas recentemente está completamente destruído. As informações sobre vítimas estão sendo esclarecidas”, disse o conselho.

    “Uma maternidade no centro da cidade, uma ala infantil e um departamento de medicina interna. Tudo isso foi destruído durante o ataque aéreo russo em Mariupol. Agora mesmo”, disse Pavlo Kyrylenko, governador da região de Donetsk.

    Imagens divulgadas no perfil oficial do Twitter do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia mostram a fachada de um prédio com marcas de explosão. “Hoje, a Rússia bombardeou um hospital infantil e uma maternidade em Mariupol”, acusa o Ministério.

    CNN não conseguiu verificar de forma independente se o hospital estava em operação e se havia pessoas no local.

    Versão da Rússia

    Horas antes do bombardeio condenado pelo governo ucraniano, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, acusou a Ucrânia de estabelecer posições de combate na região do hospital e em outras áreas atingidas.

    Em um pronunciamento, Zakharova disse que “em Mariupol, os batalhões nacionais ucranianos estão expulsando funcionários e pacientes da maternidade, e equiparam posições de combate”.

    A porta-voz russa ainda afirmou que havia “vários vídeos refutando as versões falsas ucranianas, confirmando que os crimes de Kiev contra seus próprios cidadãos são abundantes e estão em domínio público”.

    ONU reage

    A ONU (Organização das Nações Unidas) acompanham “urgentemente” os “relatos chocantes” do bombardeio de um hospital em Mariupol , na Ucrânia. A  organização diz que hospitais e profissionais de saúde não devem “nunca, nunca, ser um alvo”.

    “Vale lembrar que a OMS [Organização Mundial da Saúde] pediu a suspensão imediata dos ataques à saúde, hospitais, profissionais de saúde, ambulâncias – nada disso deve ser um alvo”, disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, nesta quarta-feira.

    Dujarric disse que a crise humanitária na Ucrânia “continua a se deteriorar rapidamente” – mesmo descrevendo uma reunião produtiva na quarta-feira entre os ministérios das Relações Exteriores e da Defesa da ONU e da Rússia.

    Na reunião de alto nível em Moscou, os parceiros concordaram em fortalecer sua cooperação para continuar a facilitar “assistência humanitária oportuna”. Mais de 2,2 milhões de pessoas cruzaram fronteiras internacionais fugindo da Ucrânia, disse Dujarric.

    O secretário-geral Antonio Guterres também conversou com o presidente da Polônia para agradecê-lo por acolher os refugiados. Ele disse ao presidente Andrzej Duda que fará todo o possível para mobilizar o sistema da ONU para apoiar a generosidade da Polônia.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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