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    Autoridades chinesas prometem ajustar medidas de Covid zero em meio a protestos

    Ao longo do fim de semana, protestos contra as políticas rígidas de Covid zero do país tomaram as ruas de Pequim

    Protestos na China
    Protestos na China CNN

    Simone McCarthyWayne Changda CNN

    As principais autoridades de saúde da China prometeram ajustar algumas medidas de controle da Covid-19 para reduzir os impactos na vida das pessoas, enquanto desviam a culpa pela frustração pública da política “Covid zero”. As declarações foram dadas na primeira coletiva de imprensa desde que eclodiram protestos contra a rigorosa política do governo no fim de semana.

    Os lockdowns para evitar a propagação do vírus devem ser suspensos “o mais rápido possível” após os surtos, disseram autoridades de saúde na coletiva de imprensa da Comissão Nacional de Saúde em Pequim, nesta terça-feira (29), enquanto defendiam a direção da política geral adotada pelo país – que visa acabar com a propagação do vírus através de fortes controles.

    Cheng Youquan, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, disse que “alguns problemas” relatados recentemente pelo público não se devem às medidas, mas à sua aplicação por autoridades locais que adotam uma “abordagem genérica”. Ele disse que alguns controles foram implementados “excessivamente”, sem atender às demandas específicas do povo.

    Protestos contra a política de Covid zero do país, que inclui uma combinação de lockdowns, quarentenas forçadas e rígidos controles de fronteira, explodiram em toda a China no fim de semana, com cidadãos tomando as ruas da cidade e as universidades para pedir o fim das medidas restritivas.

    Embora os protestos em várias partes da China pareçam ter se dispersado pacificamente no fim de semana, alguns receberam uma resposta mais forte das autoridades – e a segurança foi reforçada nas cidades, com a polícia destacada para os principais locais de protesto após as manifestações.

    Plano para aumentar a cobertura vacinal de idosos

    As autoridades na coletiva de imprensa não abordaram diretamente os protestos, mas o porta-voz da comissão, Mi Feng, disse que os governos devem “responder e resolver as demandas razoáveis ​​das massas” em tempo hábil.

    Quando perguntado se o governo está reconsiderando sua política de enfrentamento à Covid, Mi disse que as autoridades “estão estudando e ajustando nossas medidas de contenção a pandemia para proteger ao máximo o interesse do povo e limitar o impacto sobre as pessoas o máximo possível”.

    No início deste mês, a China anunciou 20 medidas destinadas a agilizar o controle da Covid-19 e conter as “medidas políticas excessivas” tomadas pelas autoridades locais – que estão sob a pressão de Pequim para controlar o número de casos em suas regiões.

    Os protestos – e as promessas de mudar a implementação da política – ocorrem quando o país enfrenta seu aumento mais significativo de casos.

    A China identificou 38.421 novos casos na segunda-feira (28), de acordo com a Comissão Nacional de Saúde, encerrando seis dias consecutivos de recorde de infecções.

    As baixas taxas de vacinação entre os idosos há muito são citadas pelas autoridades como uma razão pela qual a China deve manter controles rígidos sobre a transmissão do vírus. Nesta terça-feira, as autoridades também anunciaram um “plano de ação” para aumentar as taxas de vacinação entre esse grupo de alto risco.

    Aumentar essa taxa é visto como necessário para eventualmente reabrir o país e relaxar as medidas mais duras.

    Em 28 de novembro, cerca de 90% da população total da China havia recebido duas doses de vacinação contra a Covid-19, mas apenas cerca de 66% das pessoas com mais de 80 anos haviam completado duas doses, disseram as autoridades na coletiva.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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