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    Australiano bate recorde ao manter-se em prancha abdominal por mais de 9 horas

    Quando o australiano de 28 anos quebrou o recorde no mês passado, a já difícil façanha contava com um adicional devido à complexa síndrome de dor regional, ou CRPS, que causa dor quase constante em seu braço esquerdo

    Kaanita Iyerda CNN

    Nove horas, 30 minutos e 1 segundo. Foi por esse tempo que Daniel Scali manteve uma posição de prancha abdominal, quebrando o recorde mundial masculino.

    Quando o australiano de 28 anos quebrou o recorde no mês passado, a já difícil façanha contava com um adicional devido à complexa síndrome de dor regional, ou CRPS, que causa dor quase constante em seu braço esquerdo.

    “Se você tivesse decidido me dizer há cinco anos que eu teria quebrado um recorde em prancha, de jeito nenhum eu teria acreditado”, disse Scali à CNN. Ele enfrenta dores crônicas desde os 12 anos de idade, quando caiu de um trampolim e quebrou o braço.

    “A dor ainda está lá”, continuou ele. “As dores não estão mudando, mas minha atitude em relação à dor muda.”

    Em 6 de agosto, em Adelaide, Austrália, Scali bateu o recorde anterior por mais de uma hora, o Guinness World Records confirmou.

    Esta foi a sua segunda tentativa, pois foi desclassificado após a primeira tentativa, durante a qual segurou uma prancha durante 9 horas e 9 minutos. As autoridades questionaram a posição de seus quadris, disse ele.

    Scali tentou a posição da prancha pela primeira vez há menos de um ano.

    “Minha primeira prancha foi em novembro de 2020 e durou dois minutos”, disse ele. “E os dois minutos pareceram uma vida inteira.”

    Só em janeiro que Scali começou a estudar como se inscrever para o Guinness World Records e recebeu a ajuda de um treinador. Ele também teve a ajuda da faixa de compressão que ele usa todos os dias no braço esquerdo para aliviar a dor e para ele, “é como uma cueca”, disse.

    Mas, apesar compressão, havia momentos durante suas pranchas em que ele não conseguia mover o braço, disse Scali.

    “Mas eu sabia que outras pessoas estavam lá fora me observando, você sabe. Eu sabia que outra pessoa estava lutando contra uma doença mais grave do que a que eu tenho. Sempre há alguém pior do que você lá fora.”

    “Eu queria mostrar às pessoas que não importa com que dor você lide, não importa quais problemas você tenha, se você quer fazer e acredita que pode fazer, então vá em frente”, continuou Scali.

    Desde que ele quebrou o recorde, Scali disse que frequentemente perguntam qual recorde ele deseja quebrar em seguida. Mas agora ele está focado em continuar a aumentar a conscientização sobre o CRPS.

    O australiano usa suas tentativas de segurar as posturas de prancha por longos períodos de tempo para arrecadar fundos e arrecadou 19.223 dólares australianos (cerca de US $ 14.147) para Painaustralia, uma organização de defesa para aqueles que lidam com a dor crônica.

    “Mas isso não quer dizer que não haverá outro recorde a ser quebrado em um futuro próximo”, disse Scali.

    O recorde anterior foi estabelecido no ano passado por um americano de 62 anos, ex-fuzileiro naval dos EUA e agente especial supervisor aposentado da Drug Enforcement Administration. Ele segurou a prancha por 8 horas, 15 minutos e 15 segundos.

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