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    Atos pró-Palestina: Biden condena violência, mas defende liberdade de expressão

    "Há o direito de protestar, mas não o direito de causar o caos", disse o presidente americano em uma declaração na Casa Branca

    Presidente dos EUA, Joe Biden, fala sobre protestos de estudantes, durante briefing na Casa Branca
    Presidente dos EUA, Joe Biden, fala sobre protestos de estudantes, durante briefing na Casa Branca 02/05/2024REUTERS/Nathan Howard

    Reuters

    Sob crescente pressão política, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quebrou o silêncio nesta quinta-feira (02) sobre os protestos em universidades devido à guerra em Gaza, dizendo que os americanos têm o direito de se manifestar, mas não de promover a violência.

    “Há o direito de protestar, mas não o direito de causar o caos”, disse Biden em uma declaração na Casa Branca.

    Com as imagens de televisão da violência em universidades que têm tomado o país nos últimos dias, Biden tem enfrentado críticas sobre sua maneira de lidar com a situação. Ele estava deixando basicamente os comentários a cargo de seus porta-vozes.

    O presidente democrata, que busca a reeleição em novembro, tem se pautado por uma linha cuidadosa de denúncia do antissemitismo, apoiando o direito dos jovens americanos de protestar e tentando limitar os danos políticos de longo prazo.

    Biden disse que ambos os lados tinham razão, que a dissidência pacífica era fundamental para uma democracia, mas que a violência não seria tolerada.

    “Destruir propriedades não é um protesto pacífico. É contra a lei. Vandalismo, invasão de propriedade, quebra de janelas, fechamento de campi, forçando o cancelamento de aulas e formaturas – nada disso é um protesto pacífico”, disse ele.

    Biden disse que os Estados Unidos não são uma nação autoritária que silencia os críticos, mas que “a ordem deve prevalecer”.

    “A dissidência é essencial para a democracia, mas nunca deve levar à desordem ou à negação dos direitos dos outros para que os alunos não possam concluir o semestre e a educação universitária”, disse ele.

    Perguntado se os governadores de Estado deveriam chamar tropas da Guarda Nacional para restaurar a ordem, se necessário, Biden respondeu “não”.

    Em resposta à pergunta de um repórter, Biden disse que os protestos nas universidades não o forçaram a reconsiderar suas políticas no Oriente Médio.

    Os manifestantes estudantis estão pedindo um cessar-fogo imediato em Gaza e exigindo que as escolas se desliguem de empresas que apoiam o governo de Israel.

    Protestos nas universidades

    Mais de 2.000 pessoas foram presas em protestos em universidades nos EUA desde o dia 18 de abril.

    Na prestigiada Universidade de Columbia, em Nova York, estudantes acamparam e depois invadiram o Hamilton Hall. Eles barricaram e trancaram as portas na entrada. Os alunos só saíram após ação da polícia, que prendeu dezenas de pessoas.

    A ação aconteceu depois que o Departamento de Polícia de Nova York recebeu uma carta da Universidade de Columbia autorizando que entrassem no campus, disse à CNN uma fonte policial familiarizada com a situação.

    No geral, estudantes pedem que as universidades cortem relações com empresas ligadas à Israel. As especificidades das exigências de desinvestimento dos manifestantes estudantis variam em âmbito de escola para escola.

    A coligação em Columbia quer que a universidade retire US$ 13,6 bilhões de investimento de qualquer empresa ligada a Israel ou de empresas que estejam lucrando com a guerra Israel-Hamas. Os líderes dos protestos mencionaram a venda de ações de grandes empresas em discursos.

    Com a intensificação da violência e também o risco de expulsão, parte dos alunos também pede a assistia após o fim dos protestos.