Ativistas idosas tentam destruir Carta Magna da Inglaterra
Manifestantes do grupo ambientalista Just Stop Oil foram detidas
Duas apoiadoras do grupo de ativistas climáticos Just Stop Oil quebraram o vidro que protege a Carta Magna da Inglaterra, um icônico manuscrito britânico do século 13, nesta sexta-feira (10).
De acordo com a organização, a Reverenda Dra. Sue Parfitt, 82 anos, uma ativa sacerdotisa anglicana e escritora, e Judy Bruce, 85 anos, uma professora de biologia aposentada, entraram na Biblioteca Britânica em Londres na manhã durante a manhã e “quebraram o vidro que envolve a Carta Magna”.
Em seguida, a dupla se manteve colada ao lado da caixa do documento e segurou um cartaz que dizia: “O governo está violando a lei”, disse a Just Stop Oil.
A Biblioteca Britânica anunciou no X que a galeria, onde a Magna Carta está exposta, foi temporariamente fechada.
A assessoria de imprensa da biblioteca postou no X que “ocorreu um incidente na Biblioteca Britânica na sexta-feira, 10 de maio, em que duas pessoas atacaram a caixa de vidro temperado que contém a Carta Magna na Galeria de Tesouros da Biblioteca”.
“A equipe de segurança da biblioteca interferiu para evitar danos adicionais à caixa, que foram mínimos”, informou a assessoria de imprensa, acrescentando que a polícia foi notificada e que a Carta Magna “permanece intacta”.
A Polícia Metropolitana de Londres disse à CNN que prendeu “duas pessoas por suspeita de danos criminais, ambas atualmente sob custódia”.
A Carta Magna é frequentemente considerada a primeira declaração de direitos humanos, creditada por ter consagrado os direitos do homem na legislação inglesa. De acordo com o Parlamento do Reino Unido, o documento foi emitido em 1215 e foi o primeiro “a colocar por escrito o princípio de que o rei e seu governo não estavam acima da lei”.
Sue Parfitt, uma das ativistas disse em uma declaração da Just Stop Oil que “a Carta Magna é reverenciada com razão, por ser de grande importância para a nossa história, para as nossas liberdades e para as nossas leis. Mas não haverá liberdade, nem legalidade, nem direitos, se permitirmos que o colapso climático se torne a catástrofe que agora está ameaçada”.
O grupo ativista ambiental disse que seu último ato de protesto ocorreu na mesma semana em que a política climática do governo britânico foi considerada ilegal pelo tribunal superior do país.
“Em vez de agir, nosso governo disfuncional é como os três macacos: ‘não vê nada, não ouve nada, não diz nada'”, disse a manifestante Judy Bruce. “Precisamos nos livrar de nosso vício em petróleo e gás até 2030 – começando agora.”