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    Atirador que matou dois suecos em Bruxelas morre após ser baleado pela polícia

    O agressor havia assumido a responsabilidade do ato terrorista e se identificado como membro do Estado Islâmico

    Philip BlenkinsopMarine Straussda Reuters , Por Philip Blenkinsop e Marine Strauss, da Reuters

    Um tunisiano de 45 anos, suspeito de ter matado dois torcedores suecos em Bruxelas, capital da Bélgica, morreu nesta terça-feira (17) após ser baleado pela polícia em um café, informaram autoridades belgas, enquanto o primeiro-ministro da Suécia pediu mais segurança nas fronteiras da União Europeia.

    O agressor, que se identificou como membro do Estado Islâmico e reivindicou a responsabilidade do ato terrorista em um vídeo postado nas redes sociais, também é suspeito de ferir uma terceira pessoa no centro de Bruxelas, na noite de segunda-feira (16).

    “O autor do ataque terrorista em Bruxelas foi identificado e morto”, publicou a ministra do Interior, Annelies Verlinden, no X (antigo Twitter), horas depois que o primeiro-ministro Alexander De Croo chamou o ataque de “ataque terrorista” brutal.

     

     

    O tiroteio ocorreu em um momento de maior preocupação com a segurança em alguns países europeus ligados ao conflito entre Israel e Hamas, embora um promotor federal belga tenha dito que não havia provas de que o agressor tivesse qualquer ligação com o novo conflito entre Israel e militantes palestinos.

    Em agosto, a Suécia elevou o alerta de terrorismo para o segundo nível mais alto e alertou sobre o aumento das ameaças contra suecos no país e no exterior, depois que a queima do Alcorão indignou os muçulmanos e provocou ameaças de jihadistas.

    O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, disse em uma coletiva de imprensa nesta terça que a segurança deve ser reforçada e que a Suécia e a UE precisam de melhores controles de fronteira.

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    “Entendo que muitos suecos estão com medo e com raiva”, afirmou Kristersson, acrescentando: “Este é um momento para mais segurança, não podemos ser ingênuos”.

    O suspeito do ataque, que buscou asilo na Bélgica sem sucesso em novembro de 2019 e estava vivendo no país ilegalmente, era conhecido pela polícia belga em conexão com o contrabando de pessoas, disse o ministro da Justiça, Vincent Van Quickenborne, nesta terça-feira.

    Em um vídeo nas redes sociais, o suposto atirador se autodenominou Abdesalem Al Guilani.

    Verlinden, da Bélgica, disse anteriormente que não podia descartar a possibilidade de ele ter tido cúmplices.

    O atirador fugiu do local após o ataque na segunda, quando uma partida de futebol entre a Bélgica e a Suécia estava prestes a começar, desencadeando uma enorme caça ao homem e levando a Bélgica a elevar o alerta de terrorismo na capital para o nível mais alto.

    “O criminoso tinha como alvo específico, os torcedores suecos que estavam em Bruxelas para assistir o jogo de futebol. Dois compatriotas suecos faleceram. Uma terceira pessoa está se recuperando de ferimentos graves”, disse Croo.

    A Bélgica estava recebendo a Suécia em uma partida de qualificação para a Euro 2024. O jogo foi interrompido no intervalo.

    A Bélgica tem sido alvo de vários ataques islâmicos nos últimos anos, sendo o mais mortal o ataque de 2016 ao aeroporto de Bruxelas e ao metrô da cidade, no qual 32 pessoas morreram.

    Vários dos homens armados islâmicos que atacaram Paris em um ataque de 2015 que matou 130 pessoas eram belgas ou viviam em Bruxelas.

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