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    Atentado contra Trump: Serviço Secreto aponta falhas de comunicação e diligência

    Agência afirmou que funcionários serão resposabilizados

    Andrew GoudswardKanishka Singhda Reuters

    Uma investigação do Serviço Secreto dos Estados Unidos encontrou falhas de comunicação e falta de diligência antes da tentativa de assassinato que Donald Trump sofreu em julho durante um comício em Butler, no estado da Pensilvânia.

    “Houve complacência por parte de” alguns agentes, “que levaram a uma violação dos protocolos de segurança”, disse o diretor interino do Serviço Secreto Ronald Rowe a repórteres nesta sexta-feira (20), acrescentando que os funcionários da agência serão responsabilizados.

    “Essas penalidades serão administradas de acordo com nosso processo disciplinar”, destacou Rowe, recusando-se a fornecer detalhes.

    A tentativa de assassinato contra Trump no comício de 13 de julho gerou críticas generalizadas ao Serviço Secreto e à renúncia de sua então diretora.

    Foram levantadas preocupações sobre como o suspeito conseguiu acessar um telhado próximo com uma linha de visão direta para onde o ex-presidente estava falando.

    Trump ficou ferido na orelha, um participante do comício foi morto e outros dois ficaram feridos no ataque. O Serviço Secreto afirmou desde então que estava “envergonhado” pela falha de segurança.

    Rowe destacou que o republicano estava recebendo o mesmo nível de proteção que o presidente Joe Biden e a candidata presidencial democrata, a vice-presidente Kamala Harris, sua rival na eleição de 5 de novembro.

    Falhas de comunicação

    A investigação interna do Serviço Secreto identificou falhas de comunicação entre as autoridades estaduais e locais.

    A área do comício em Butler foi identificada como um desafio de segurança pelo Serviço Secreto, mas medidas projetadas para mitigar essas preocupações não foram “executadas conforme o pretendido”.

    A equipe de segurança de Trump não sabia que as autoridades estaduais e locais estavam perseguindo intensamente uma pessoa suspeita, que acabou sendo o atirador.

    Donald Trump é retirado às pressas do palco após atentado • Anna Moneymaker/Getty Images

    Se soubessem, os agentes poderiam ter levado o ex-presidente para outro local durante a busca, de acordo com o relatório.

    Além da investigação interna do Serviço Secreto há apurações lideradas pelo Congresso, um painel independente convocado pelo Departamento de Segurança Interna e o órgão de vigilância interno do departamento.

    Suposta segunda tentativa de assassinato

    Ainda assim, Ronald Rowe defendeu a atuação do Serviço Secreto contra uma uma aparente segunda tentativa de assassinato contra Trump em seu clube de golfe na Flórida no domingo (15).

    Nesse caso, um agente do órgão atirou em um suspeito após avistar um rifle na linha das árvores.

    A pessoa não disparou um tiro e não tinha linha de visão para Trump, que estava jogando golfe a algumas centenas de metros de distância.

    O suspeito, identificado como Ryan Routh, de 58 anos, fugiu, mas, mais tarde, foi preso e acusado de crimes com armas de fogo. Ele deve comparecer ao tribunal federal em West Palm Beach, na Flórida, na segunda-feira (23).

    “Parece que esses agentes, esses supervisores, tomaram decisões rápidas e tomaram decisões corretas”, disse Rowe quando questionado sobre a tentativa de domingo.

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