Assembleia Geral da ONU confirma sessão na quinta-feira para debater conflito Israel-Hamas
A convocação ocorre por pressão de diversos países, incluindo o Brasil, após impasse no Conselho de Segurança
A Assembleia Geral da ONU confirmou para quinta-feira (26), às 11h (horário de Brasília), uma reunião extraordinária para retomar o debate sobre o conflito no Oriente Médio.
A convocação ocorre por pressão de diversos países, incluindo o Brasil, após impasse no Conselho de Segurança. Rússia e Brasil tiveram suas propostas de resolução para o conflito vetadas no colegiado.
Agora, os Estados Unidos também devem submeter uma nova proposta ao Conselho de Segurança, com foco no direito de autodefesa de Israel pelos ataques terroristas cometidos em 7 de outubro.
As sessões especiais de emergência das Nações Unidas foram criadas na década de 1950 e usadas apenas 11 vezes em toda a história do organismo. A última convocação ocorreu para tratar da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Essa sessão emergencial sobre o conflito no Oriente Médio começou na década de 90, mas ela continua aberta e toda vez que há um impasse ela é retomada na Assembleia Geral.
Desta vez, dois blocos — o Grupo Árabe (formado por 20 países) e a Organização para a Cooperação Islâmica (que reúne 57 nações de maioria muçulmana) — apresentaram formalmente um pedido para convocação da Assembleia Geral.
Esses blocos congregam países como Arábia Saudita, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Irã, Nigéria, Marrocos e Turquia. Eles pediram que seja retomada a 10ª sessão de emergência, convocada inicialmente em 1997, que discutia o conflito entre Israel e Palestina,
As resoluções na Assembleia Geral precisam de dois terços, entre os 192 votos possíveis, para serem aprovadas. Não há poder de veto, como no Conselho de Segurança.
Já nesta terça-feira (24) ocorre um debate aberto no Conselho de Segurança da ONU. Esta reunião ocorre a cada três meses e está prevista desde o início da presidência do Brasil no colegiado. Porém, diante da escalada do conflito entre Israel e Egito a sessão ganhou maior relevância e com mais países participando.
A reunião do Conselho de segurança da ONU começará às 11h (horário de Brasília) e as manifestações dos países devem se estender ao longo do dia.