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    Ascensão do Talibã dá impulso para extremistas, diz chefe da espionagem britânica

    Ken McCallum, diretor-geral da Seção 5 de Inteligência Militar (MI5), diz ser preciso estar vigilante já que os eventos no Afeganistão podem ter encorajado e influenciado extremistas

    Andrew MacAskillda Reuters

    A retomada do Afeganistão pelo Talibã vai dar um “impulso moral” aos extremistas que planejam ataques terroristas em outros lugares e pode dar a eles uma base para operar como fizeram antes do 11 de Setembro, disse o chefe do MI5, o serviço de espionagem doméstico da Grã-Bretanha, nesta sexta-feira (10).

    Ken McCallum, diretor-geral do Serviço de Segurança, mais conhecido pelas iniciais de Seção 5 de Inteligência Militar (MI5), disse à BBC que a ameaça do terrorismo à Grã-Bretanha era “uma coisa real e duradoura”.

    “Enfrentamos uma luta global consistente para derrotar o extremismo e nos proteger contra o terrorismo”, disse McCallum em uma entrevista na véspera do aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos.

    A Grã-Bretanha enfrentou grandes ataques pela última vez em 2017, quando um homem-bomba se explodiu nos arredores de um estádio em Manchester e homens armados com facas atacaram duas pontes em Londres.

    Nos quatro anos seguintes, a polícia e os serviços de inteligência interromperam 31 conspirações em estágio avançado para atacar a Grã-Bretanha, disse McCallum. Esses militantes poderiam ser inspirados pelo sucesso do Talibã.

    “Da noite para o dia, você pode ter um impulso psicológico, um impulso moral para extremistas que já estão aqui ou em outros países, então precisamos estar vigilantes”, disse McCallum. “Não há dúvida de que os recentes eventos no Afeganistão podem ter encorajado e influenciado alguns desses extremistas.”

    O Talibã prometeu que não vai deixar o Afeganistão – onde Osama bin Laden planejou os ataques de 11 de Setembro – se tornar um refúgio para militantes que planejam atacar o Ocidente.

    Mas McCallum disse haver o risco de isso ser exatamente o que vai acontecer.

    “Junto com o efeito inspirador imediato está o risco de que os terroristas se reconstituam e, mais uma vez, nos coloquem sob risco de conspirações sofisticadas e bem desenvolvidas do tipo que enfrentamos em 11 de setembro de 2001 e nos anos seguintes.”

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