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    Máscaras serão uma ‘escolha pessoal’ no Reino Unido, diz ministro

    O governo está considerando a possibilidade de suspender todas as restrições restantes ao contato social em 19 de julho

    Jovens caminham em Londres, no dia 6 de junho, com máscaras de proteção
    Jovens caminham em Londres, no dia 6 de junho, com máscaras de proteção Foto: Tolga Akmen/AFP/Getty Images

    Duarte Mendonça e Sarah Dean, da CNN*

    As máscaras devem se tornar uma “escolha pessoal” na Inglaterra com a flexibilização das restrições ao coronavírus, disse um ministro do governo britânico no domingo (4). O secretário de habitação, Robert Jenrick, disse à Sky News: “Não quero usar máscara, não acho que muitas pessoas gostem de fazer isso.”

    “No entanto, estaremos entrando em uma fase em que essas serão questões de escolha pessoal e alguns membros da sociedade desejarão fazê-lo por razões perfeitamente legítimas, mas será um período diferente em que nós, como cidadãos, faremos esses julgamentos no lugar do governo”, acrescentou Jenrick.

    O governo do Reino Unido está considerando a possibilidade de suspender todas as restrições restantes ao contato social em 19 de julho. O novo secretário de Saúde do governo, Sajid Javid, sinalizou que gostaria de diminuir as restrições ao coronavírus.

    “Estamos no caminho certo para 19 de julho e temos que ser honestos com as pessoas sobre o fato de que não podemos eliminar a Covid-19”, escreveu Javid em um artigo para o jornal Mail on Sunday neste fim de semana.

    “Também precisamos deixar claro que os casos vão aumentar significativamente. Sei que muitas pessoas serão cautelosas quanto à flexibilização das restrições, isso é completamente compreensível. Mas nenhuma data que escolhermos virá sem riscos, então temos que ter uma visão ampla e equilibrada. Vamos ter que aprender a aceitar a existência da Covid-19 e encontrar maneiras de lidar com ela, assim como já fazemos com a gripe. “

    Javid disse que “as regras que tivemos que estabelecer causaram um aumento chocante na violência doméstica e um impacto terrível na saúde mental de muitas pessoas”.

    O primeiro-ministro Boris Johnson está revisando dados “muito positivos” antes de sua decisão sobre o próximo passo no roteiro do coronavírus da Inglaterra, disse Jenrick à Sky News.

    “Parece que agora podemos avançar para um regime muito mais permissivo, em que nos afastaremos de muitas das restrições que têm sido tão difíceis para nós”, acrescentou.

    Apesar de ter sido criticado por ser lento para travar e exigir o uso de máscara no início da pandemia, o Reino Unido tem sido reverenciado pela rápida obtenção e aplicação da vacina contra a Covid-19 em sua população.

    No entanto, o sindicato dos médicos, a British Medical Association (BMA), instou o governo a manter algumas medidas de proteção contra a Covid-19 em vigor depois de 19 de julho na Inglaterra, em meio a um aumento no número de casos.

    “Os casos semanais na Inglaterra aumentaram 74% em relação aos sete dias anteriores, enquanto o número de pessoas internadas em hospitais na Inglaterra com Covid-19 aumentou 55% na última semana”, disse a BMA em um comunicado à imprensa no sábado.

    Uma das medidas de segurança exigidas pelo sindicato é a contínuação do uso de máscara em espaços públicos fechados, como transporte público e lojas.

    “Fizemos excelentes progressos tanto na campanha de vacinação quanto na ação individual de pessoas em todo o país nos últimos 18 meses, e o governo não deve de forma alguma jogar isso fora neste momento crítico”, disse o Dr. Chaand Nagpaul, presidente do conselho da BMA. 

    Embora o programa de vacinação continue em ritmo acelerado, uma proporção significativa de pessoas permanece não vacinada ou parcialmente vacinada. Isso se soma aos que não podem receber a vacina ou ao pequeno número para os quais a imunização será ineficaz.

    “Nem todos os vacinados até 19 de julho estarão devidamente protegidos, uma vez que leva cerca de duas semanas após a segunda dose para conferir imunidade máxima. Isso significa que ainda estamos longe de proteger o suficiente da população desta doença devastadora para controlar a propagação,” afirma Nagpaul.

    Questionado sobre o pedido da BMA para manter o mandato sobre as máscaras, o diretor do Serviço Nacional de Saúde (NHS), Stephen Powis, disse ao programa Andrew Marr, da BBC, que não queria “especular” antes de qualquer anúncio do governo.

    “Acho que algumas pessoas escolherão ser mais cautelosas, algumas pessoas podem optar por usar máscaras faciais em circunstâncias específicas em ambientes lotados, e isso não é necessariamente uma coisa ruim… esses hábitos para reduzir infecções são uma boa coisa a se manter”, ele adicionou.

    *Texto traduzido, clique aqui para ler conteúdo original