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    Argentino que atirou garrafa contra Milei é condenado a 3 anos e meio de prisão

    Caso aconteceu no dia da posse presidencial; Objeto atingiu guarda, que ficou ferido

    Luciana Taddeoda CNN , em Buenos Aires

    Um argentino que jogou uma garrafa de vidro contra Javier Milei no dia da posse presidencial foi condenado a três anos e meio de prisão por tentativa de lesão e lesões leves, já que um policial acabou atingido.

    Gastón Ariel Mercanzini, de 53 anos, estava no meio da multidão durante a cerimônia. Ele arremessou o objeto contra Milei quando o presidente era transportado, em pé, em um carro conversível do Congresso para a Casa Rosada, sede do Executivo argentino.

    Karina Milei, atual secretária-geral do governo e irmã do chefe de Estado, estava ao lado dele no carro.

    A garrafa atingiu um subcomissário da Polícia Federal Argentina que integrava o primeiro círculo de segurança do presidente, que acabou sangrando pela ferida na cabeça, acima da orelha. Milei não foi atingido.

    Mercanzini se entregou à polícia dois dias depois do episódio, dizendo ser o suspeito procurado e que queria pedir desculpas ao presidente.

    “Mercanzini admitiu que, estando sob influência de álcool, lançou uma garrafa contra a zona onde o Sr. Presidente da Nação se encontrava, em um contexto de insatisfação geral. Expressou arrependimento e pediu desculpas pelo caso”, destaca o processo que a CNN teve acesso.

    No dia do ataque, o homem estava desempregado e em situação de rua. Ele havia sido autuado anteriormente por consumo de drogas e violência de gênero, crime pelo qual foi condenado a 3 anos de prisão e cumpriu alguns meses de pena.

    Exames realizados após o ataque contra Milei determinaram que ele tinha características compatíveis com “transtorno por consumo de substâncias psicoativas, com consciência parcial da doença e necessidade de tratamento, sem tratamento no momento do exame, em comorbidade com situação de vulnerabilidade biopsicossocial”.

    Mas, segundo a perícia, não foram identificados elementos suficientes para determinar cientificamente que ele estivesse alterado a ponto de não compreender ou não ter controle sobre seus atos no caso.

    Em uma conta de Facebook no nome de Mercanzini, citada no processo, há uma postagem que afirma: “São tão curtos de mente que tive que fazer outro perfil, não vou ser preso, e se for, vou com a cabeça levantada, tive coragem de fazer o que muitos não conseguiram”.

    O documento judicial ressaltou, após análises das redes sociais do suspeito, que “Mercanzini mostrava afinidade por manifestações, publicações ou notícias associadas a outro partido político, expressando desprezo ao governo atual”.

    A pena pelo crime seria de um ano e meio de prisão, mas foi aumentada para três anos e meio devido a um acordo entre o acusado e o promotor, ratificado posteriormente pela juíza María Eugenia Capuchetti, considerando uma condenação anterior contra ele por violência de gênero.

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