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    Argentina: promotor assassinado investigava esposa de foragido no Equador

    José Adolfo Macías, também conhecido como "Fito", é um dos criminosos mais perigosos do Equador. Sua fuga de uma prisão equatoriana foi um dos estopins para a crise de segurança no país.

    Luciana Taddeopara a CNN Brasil , Buenos Aires

    O ministro do Interior da Argentina, Guillermo Francos, disse nesta sexta (19) que o promotor assassinado no Equador nesta quinta (18), César Suárez, estava investigando a viagem da esposa de Adolfo “Fito” Macías, o criminoso mais perigoso do Equador, para a Argentina.

    “Quando deram a investigação para ele, ele foi assassinado. Isso para dar uma ideia da magnitude da organização que este delinquente equatoriano lidera e o risco que havia de que ele se assentasse na Argentina, e por isso a preocupação imediata do governo de Córdoba”, disse Francos.

    Procurada pela CNN, a procuradoria Geral do Equador afirmou que não pode “nem confirmar nem desmentir essa informação até o momento”.

    A esposa, filhos e outras pessoas ligadas a Fito, foram localizadas em Córdoba, a cerca de 700 km de Buenos Aires, após uma denúncia anônima, segundo o governo argentino. Eles tiveram a cidadania transitória cancelada e foram deportados para o Equador nesta madrugada.

    Eles teriam chegado à Argentina três dias antes da fuga de Fito, que conseguiu escapar da penitenciária regional do Equador em 8 de janeiro. A esposa e os filhos de Fito estavam morando em uma casa, em um condomínio privado nos arredores da cidade de Córdoba.

    O governo argentino trabalha com a hipótese de que a vinda da família foi planejada, já que a propriedade foi comprada em novembro do ano passado. “Nossa hipótese é que houve um planejamento de comprar uma casa na Argentina, tirar a família [do Equador] e depois escapar da prisão”, disse a ministra argentina da Segurança, Patricia Bullrich.

    Segundo Francos, a esposa de Fito já tinha entrado no país em setembro, outubro e novembro, antes da nova entrada neste mês. Para Bullrich, é comum que narcotraficantes “procurem um lugar seguro para suas famílias para que não sejam envolvidos nos atos criminosos deles”.

    Questionada sobre a possibilidade de que o criminoso, que fugiu da prisão regional do Equador, em Guayaquil, no dia 8 de janeiro, esteja na Argentina, Bullrich afirmou que “não há indícios nem informação” disso. Mas disse que o antecedente da família no país preocuopa e coloca o governo em “alerta vermelho”.

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