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    Argentina pede ajuda, e Amorim intercede com Maduro sobre refugiados em embaixada

    Opositores estão abrigados na missão diplomática em Caracas desde março; Chanceler argentina fez apelo ao Itamaraty

    Tainá FalcãoJussara Soaresda CNN em Brasília

    A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, pediu ajuda do Brasil com a situação de seis opositores ao governo de Nicolás Maduro refugiados desde março na embaixada argentina em Caracas.

    A CNN apurou que o assunto foi levado pelo assessor internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Celso Amorim, na conversa reservada que ele teve com Maduro na segunda-feira (29).

    Mondino falou sobre a situação dos refugiados em ligação telefônica para o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, também na segunda.

    A oposição alertou interlocutores de Amorim sobre a possibilidade de que forças de segurança e agentes do governo venezuelano invadam a embaixada e prendam os refugiados — o que representaria grave violação das convenções internacionais.

    O apelo de Mondino ao Itamaraty ocorre apesar de uma relação distante entre os presidentes Lula e Javier Milei. Mesmo na ausência de diálogo entre os dois líderes, as diplomacias do Brasil e da Argentina têm atuado para preservar as relações de Estado.

    O governo brasileiro reconhece aumento de tensão na Venezuela de segunda para terça-feira.

    Ao se declarar reeleito, Maduro exigiu a saída de diplomatas das embaixadas de Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.

    Por enquanto, o presidente Lula espera o retorno de Amorim ao Brasil para decidir sobre um posicionamento mais contundente a respeito das eleições.

    A avaliação de diplomatas brasileiros é de que a pressão internacional pressiona Maduro a apresentar a atas de votação. A oposição diz que acessou 73% das atas das eleições de domingo e que o presidente eleito seria Edmundo González.

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