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    Argentina: oposição vence em reduto peronista e se fortalece para eleição presidencial

    Coligação Juntos pela Mudança elegeu o governador em Chubut, que estava em poder dos peronistas há 20 anos; outras duas províncias também passaram às mãos do grupo oposicionista nos pleitos regionais deste ano

    Salma Freuada CNN

    O senador Ignacio Agustin Torres, da principal frente oposicionista na Argentina, o “Juntos por el Cambio” (Juntos pela Mudança, em português), venceu o candidato Juan Pablo Luque e encerrou 20 anos de governo peronista na província de Chubut, no sul do país.

    A diferença de votos entre os candidatos foi de apenas 5.229 – 1,6 pontos percentuais. Eles tiveram uma disputa acirrada, e o resultado final foi divulgado na madrugada de segunda-feira (31).

    Com a conquista, a frente obtém a terceira vitória em redutos peronistas, fortalecendo sua imagem para as eleições presidenciais que acontecem em outubro deste ano.

     

     

     

    Patricia Bullrich e Horacio Rodríguez Larreta, pré-candidatos à presidência pelo “Juntos por el Cambio”, comemoram a conquista do colega, conhecido como “Nacho Torres”.  “O governador da província de Chubut já está eleito: seu nome é Nacho Torres”, escreveu Bullrich na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, algumas horas após o resultado.

    Já na noite de segunda-feira (31), a pré-candidata associou a vitória regional da coalizão a uma futura conquista do governo federal, atualmente ocupado pelo peronista Alberto Fernández e sua vice-presidente, Cristina Kirchner. “Como fizemos no domingo em Chubut, a fórmula para vencer o kirchnerismo na província de Buenos Aires e em todo o país é estar perto do povo, com uma campanha austera, andando muito pelas ruas e sem gastar milhões em publicidade”, disse na rede social.

    Larreta também mencionou o país como um todo ao comemorar a vitória na província. “Mudamos Chubut e juntos vamos mudar a Argentina!”, escreveu em rede social na segunda.

    Patricia Bullrich e Horacio Rodríguez Larreta concorrem por uma vaga para as eleições presidenciais de 22 de outubro. A disputa acontecerá nas primárias argentinas, chamadas de “Paso”, sigla em espanhol para Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias, marcadas para o dia 13 de agosto.

    O candidato mais votado irá representar o “Juntos por el Cambio” nas eleições gerais, que acontecem no dia 22 de outubro. Em caso de segundo turno, a disputa pela presidência será definida em 19 de novembro.

    Mais uma derrota do peronismo

    Embora Chubut represente apenas 1,34% do total do eleitorado nacional, o resultado das eleições locais chama atenção pelo triunfo do opositor “Juntos por el Cambio” e pela derrota de um aliado do ministro da Economia do país, Sergio Massa, que também é pré-candidato à presidência pelo partido peronista.

    A vitória da oposição também colocou fim a 20 anos de hegemonia do peronismo na província.

    Cenário parecido é observado em outras províncias que já tiveram suas eleições locais este ano. Há algumas semanas atrás, “Juntos por el Cambio” venceu em San Juan e San Luis, províncias que eram governadas pelo peronismo.

    A coalizão também obteve vitória em Jujuy, onde o atual governador já fazia parte da aliança.

    Eleições provinciais argentinas

    Na Argentina, as eleições provinciais referem-se à votação para designar os poderes executivo (governador) e legislativo (deputado provincial) das 23 províncias do país e da Cidade Autônoma de Buenos Aires.

    O calendário eleitoral começou em fevereiro de 2023. A Cidade Autônoma de Buenos Aires e outras três províncias têm seus pleitos junto às eleições gerais de 22 de outubro.

    Outras 18 têm suas eleições separadas do calendário eleitoral nacional. Dessas, quatro ainda irão eleger seu governador. São elas: Santa Cruz, em 13 agosto; Santa Fé, em 10 de setembro; Mendonça, em 24 de setembro; e Chaco, em 17 de setembro.

    “Juntos por el Cambio” tem chance de vitória em todas elas.

    Já as províncias de Corrientes e Santiago del Estero elegeram seus poderes executivos em 2021.

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