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    Argentina: com megaevento, candidato de extrema-direita dá demonstração de força

    Javier Milei lotou uma arena multiuso com capacidade para 15 mil pessoas, se consolida como nome forte das primárias e busca uma vaga no segundo turno das eleições presidenciais 

    Milei encerrou sua campanha nas primárias em grande estilo e quer se colocar como candidato graúdo
    Milei encerrou sua campanha nas primárias em grande estilo e quer se colocar como candidato graúdo Reprodução/Redes Sociais

    Salma Freuada CNN

    O pré-candidato à Presidência da Argentina Javier Milei, da extrema-direita, lotou uma arena multiúso de Buenos Aires com capacidade para 15 mil pessoas no encerramento de sua campanha para as eleições primárias argentinas. O evento aconteceu na noite de segunda-feira (7).

    No próximo domingo (13), os eleitores vão às urnas para escolher o candidato de cada grupo político. Como a maioria das frentes lançaram um candidato único para a Presidência, como é o caso do “La Libertad Avanza” (A Liberdade Avança, em português), liderada por Javier Milei, a votação também representa um teste de força para as eleições gerais de 22 de outubro.

    Uma série de vídeos nas redes sociais mostram milhares de pessoas entoando cânticos junto ao candidato de extrema-direita, como “que se vayan todos, que no quede ni uno solo” (que todos vão embora, não deixe nenhum deles permanecer).

    “Precisamos do seu apoio, vão votar se quiserem tirar esses políticos ladrões. Levem seus amigos, seus filhos, suas mães, não fiquem em casa, o jeito de mudar esse modelo é indo votar”, pediu Milei diante da multidão. Ao seu lado, estava sua pré-candidata a vice-presidente Victoria Villarruel.

    Ele insistiu na participação dos apoiadores nas primárias: “vá votar no domingo porque uma Argentina diferente é impossível com as mesmas pessoas de sempre”, disse no comício.

    Milei é deputado federal desde 2021, tem 52 anos, e é dono de uma retórica exaltada. Algumas de suas propostas foram alvo de forte polêmica, como a extinção do Banco Central argentino e a dolarização da economia.

    Segundo as pesquisas eleitorais, a expectativa é de que a sua coalizão fique em terceiro lugar nas primárias, atrás de “Juntos por el Cambio” (Juntos pela Mudança, em português), da oposição, e dos governistas “Unión por la Patria” (União pela Pátria, em português).

    No entanto, analistas acreditam que ele possa absorver parte do eleitorado conservador que não se veja representado pelos pré-candidatos da direita convencional após as primárias, se credenciando a uma disputa em um eventual segundo turno.

    Entenda as eleições primárias

    Antes das eleições gerais, na Argentina, acontecem as eleições Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias, conhecidas como Paso. Elas serão realizadas neste domingo (13).

    O voto nessas eleições também é obrigatório. Se o eleitor não votar nas primárias, também entrará no cadastro de infratores e terá que pagar multa, a menos que justifique por motivos médicos ou distância.

    As Paso definirão todos os candidatos à presidência. As eleições presidenciais propriamente ditas estão marcadas para 22 de outubro. Um eventual segundo turno está programado para 19 de novembro.