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    Aquecimento global pode matar 40 milhões de pessoas até o fim do século, aponta ONU

    Segundo relatório da organização, os países em desenvolvimento devem sentir os maiores impactos

    Lucas Janoneda CNN , no Rio de Janeiro

    Cerca de 40 milhões de pessoas podem morrer no mundo até o fim do século, em 2100, em função das altas temperaturas causadas pelo aquecimento global. É o que aponta o relatório mais recente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgado nesta terça-feira (8).

    O levantamento mostra que os óbitos podem acontecer principalmente entre a população de países em desenvolvimento econômico, já que são locais que apresentam as maiores taxas de desigualdade social. O estudo destaca a América Latina, que inclui o Brasil.

    O relatório cita ainda que o número de mortes em função do aquecimento global continuará subindo em contexto mundial, caso ações governamentais não sejam tomadas para evitar o maior desgaste ambiental do planeta.

    “Os dados mostram a necessidade de vincular a segurança entre o planeta e as pessoas. A mudança climática provavelmente se tornará a principal causa de morte em muitos lugares. Cerca de 40 milhões de pessoas podem morrer por causa das mudanças nas temperaturas antes até do final do século, por causa das altas emissões”, explicou à CNN o Diretor do Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano, Pedro Conceição.

    E o número de mortes em decorrência das condições climáticas ainda pode ser muito maior, segundo a ONU. É que o estudo cita apenas as mortes decorrentes das altas temperaturas globais, e não dos outros fenômenos ambientais causados pelas alterações do clima.

    À CNN, o ambientalista Mario Moscatelli enumerou outras consequências causadas pelo aquecimento global.

    “As pessoas não são afetadas apenas pelas altas temperaturas. As alterações climáticas podem impactar e matar a população de outras formas. Além dos extremos climáticos, nós podemos observar as chuvas torrenciais e os deslizamentos, que são gerados pelo desmatamento descontrolado de regiões urbanas e que acarretam no soterramento de pessoas”, ressaltou Mario Moscatelli.

    Estados brasileiros registram recorde de calor em 2022

    Impactados pelas mudanças climáticas ao longo dos anos, segundo especialistas, pelo menos três estados brasileiros registraram temperaturas recordes em janeiro de 2022. É o que apontam os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

    No Rio Grande do Sul, mais especificamente na cidade de Uruguaiana, a temperatura superou a casa dos 42°C em janeiro, maior patamar dos últimos 40 anos. A última vez em que houve um calor tão intenso no estado foi em 1986 e 1963, com 42,2°C.

    No estado do Rio de Janeiro, a capital carioca teve um novo recorde histórico de sensação térmica. Em 18 de janeiro, a estação de monitoramento do Riocentro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do município, marcou 50,8°C.

    O Instituto Nacional de Meteorologia registrou 33,9°C de temperatura máxima em Florianópolis, Santa Catarina, em 17 de janeiro deste ano. O recorde anterior era de 32,6°C, em março de 2021.

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