Após tomar hidroxicloroquina para prevenção, Trump é diagnosticado com Covid-19
Presidente norte-americano disse em maio usar o medicamento de forma profilática; pesquisas dizem que remédio não previne infecções pelo novo coronavírus
Com a confirmação do diagnóstico para o novo coronavírus nesta sexta-feira (2), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tornou-se mais um líder mundial afetado pela doença ao lado de nomes como o premiê britânico, Boris Johnson, e o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
Apesar de não haver nenhuma comprovação científica da eficácia do uso da hidroxicloroquina no tratamento e prevenção da Covid-19, o presidente norte-americano afirmou ter feito uso profilático da substância para tentar evitar a doença.
“Algumas semanas atrás, eu comecei a tomar”, disse o presidente norte-americano, em maio. Posteriormente, ele explicou que tomou o remédio diariamente por uma semana e meia após consultar o médico da Casa Branca.
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Pesquisas médicas
Esperança contra a Covid-19 no início da pandemia, a hidroxicloroquina mostrou-se, no entanto, ineficaz tanto no tratamento de casos leves da doença como uma prevenção à infecção.
“Não houve diferença significativa nas taxas de infecção em participantes randomizados que receberam hidroxicloroquina em comparação com placebo”, escreveram os pesquisadores de estudo publicado na quarta-feira (30), na revista JAMA Internal Medicine.
Os resultados da nova pesquisa são semelhantes ao que foi relatado em outro estudo no New England Journal of Medicine em junho. Esse estudo anterior descobriu que a hidroxicloroquina não evitou a doença quando usada dentro de quatro dias após a exposição ao novo coronavírus, que causa a Covid-19.
Além disso, em julho, a FDA, agência reguladora de alimentos e medicamentos nos EUA, revogou uma autorização de uso de emergência para hidroxicloroquina e cloroquina para tratar Covid-19.
A agência diz que os medicamentos não se mostraram seguros e eficazes para tratar ou prevenir a doença.