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    Após queda da natalidade, conselheira do governo chinês defende congelamento de óvulos

    Em 2022, população no país asiático diminuiu pela primeira vez em 60 anos

    Farah Masterda Reuters

    Uma conselheira do principal órgão consultivo político da China disse que irá propor permitir que mulheres solteiras tenham acesso ao congelamento de óvulos, como uma medida para preservar sua fertilidade.

    A ponderação ocorre após a população do país cair no ano passado, a primeira vez em 60 anos.

    Lu Weiying disse ao Global Times, um site de notícias apoiado pelo Estado chinês, que também irá propor a inclusão de tratamentos contra a infertilidade no sistema público de saúde na próxima Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, que começa em 4 de março.

    Weiying, uma médica de fertilidade na província de Hainan, no sul da China, afirmou que dar às mulheres solteiras acesso ao congelamento de seus óvulos lhes permite “preservar os óvulos antes de passarem seus anos reprodutivos de pico”.

    “A mulher ainda precisa se casar se quiser usar seus óvulos congelados e engravidar no futuro”, explicou ao Global Times.

    Atualmente, tratamentos de fertilidade, como fertilização in vitro e congelamento de óvulos na China, são proibidos para mulheres solteiras.

    As recomendações da especialista acontecem no momento em que as autoridades adotam medidas para aumentar a taxa de natalidade, como a expansão da licença-maternidade, benefícios financeiros e fiscais para ter filhos, bem como subsídios para moradia.

    No ano passado, a China registrou sua menor taxa de natalidade da história, de 6,77 nascimentos por 1.000 habitantes.

    Mesmo que nove dos 10 países mais populosas do mundo estejam experimentando declínios na fertilidade, a taxa chinesa em 2022, de 1,18, foi a mais baixa e bem abaixo do padrão da OCDE de 2,1 para uma população estável. A China ainda não divulgou oficialmente seus dados de fertilidade para 2022.

    Grande parte da crise demográfica do país asiático é resultado da política de filho único, imposta entre 1980 e 2015, bem como do alto custo da educação.