Após batalha na Justiça, primárias no Wisconsin acontecerão em meio à pandemia
A Justiça estadual reverteu a decisão que adiaria o pleito e eleitores terão de comparecer à locais de votação em estado sob quarentena
A primária no estado do Wisconsin, nos Estados Unidos, acontece presencialmente nesta terça (7) em meio à pandemia do coronavírus, após a Suprema Corte derrubar os pedidos dos democratas para postergar a data.
A Suprema Corte do estado suspendeu na noite desta segunda (6) o decreto do governador Tony Evers, que adiava a eleição para junho. A Justiça Federal também reverteu uma decisão que dava aos eleitores mais dias para registrarem seus votos à distância, e o prazo para as cédulas serem contabilizadas é até esta quinta (9).
As decisões foram tomadas em favor de representações apresentadas por republicanos. Os pedidos dizem que adiar a data aumentaria a chance de fraude e encurtaria o tempo de decisão da eleição geral.
Os democratas, por sua vez, acusaram os republicanos de quererem reduzir a participação dos eleitores nas primárias.
As autoridades estão incertas quanto ao que esperar e quantas pessoas irão aparecer, com Wisconsin sob decreto de quarentena e suspensão de aglomerações públicas, como na maior parte dos EUA.
De acordo com os últimos dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o país tem 333.811 casos confirmados e 9.559 mortes pela COVID-19.
“Agora, os eleitores terão de escolher entre suas saúdes e seu direito ao voto, uma escolha inadmissível que as autoridades responsáveis tentaram evitar”, disse Satya Rhodes-Conway, prefeita da cidade de Madison.
Essa é a primeira primária a acontecer presencialmente desde 17 de março. As eleições em outros 15 estados foram postergadas ou acontecerão via correspondência.
De acordo com a Comissão Eleitoral do estado, os resultados não serão divulgados até 13 de abril, para calcular também as cédulas dos eleitores que votaram à distância.
A preocupação quanto ao coronavírus diminuiu drasticamente o número de funcionários trabalhando na eleição. Mais de 2.400 membros da Guarda Nacional do estado terão de auxiliar para que o evento ocorra.
Em Milwaukee, haverá apenas cinco locais de votação —ante os usuais 180, o que torna mais provável a formação de aglomeração e longas filas.
Com informações da CNN e da Reuters