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    Ao menos 32 pessoas morrem após ataque com homem-bomba em restaurante de praia na capital da Somália

    O Al-Shabaab assumiu a responsabilidade pelo ataque, dizendo que tinha como alvo autoridades e oficiais somalis

    Catherine NichollsIrene NasserManveena Surida CNN

    Ao menos 32 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um ataque com homem-bomba em um restaurante de praia na capital somali, Mogadíscio, na sexta-feira (2), informou a mídia estatal SONNA no sábado (3).

    Seis membros do grupo militante somali al-Shabaab atacaram o restaurante no Beach View Hotel usando um homem-bomba, de acordo com a SONNA. Cinco atacantes foram mortos, informou a SONNA. Não está claro o que aconteceu com o sexto.

    Vídeo do local do ataque na manhã seguinte à explosão mostra civis cercando uma ambulância. Pessoas sentadas na areia, com uma área do chão parecendo enegrecida.

    Hassan Farah, um sobrevivente do ataque, disse à Reuters que estava sentado no restaurante com seus amigos quando tudo aconteceu.

    “Em um segundo, houve algo como um raio e uma explosão enorme”, ele disse. “Estávamos cobertos de fumaça. Dentro e fora do restaurante, muitas pessoas estavam deitadas no chão, enquanto outras sangravam e choravam.”

    Vítimas feridas foram levadas às pressas para hospitais por toda a cidade, de acordo com a SONNA. Membros do público apareceram em “números esmagadores” para doar sangue após um chamado urgente por doações, disse.

    O Al-Shabaab assumiu a responsabilidade pelo ataque, dizendo que tinha como alvo autoridades e oficiais somalis, de acordo com o SITE Intelligence Group, que rastreia atividades online de organizações extremistas.

    O grupo militante islâmico reivindicou vários ataques e opera com o objetivo de derrubar o governo central da Somália e estabelecer um governo baseado em sua interpretação estrita da lei Sharia.

    Al-Shabaab é a “maior e mais cineticamente ativa rede al-Qaeda do mundo”, disse o Comando da África dos EUA no ano passado . Foi designado como um grupo terrorista pelos EUA em 2008, e por um comitê do Conselho de Segurança da ONU em 2010.

    No ano passado, o grupo lançou um ataque mortal a uma base militar da União Africana na Somália, matando pelo menos 54 soldados ugandenses, de acordo com autoridades ugandenses.

    Após o ataque de sexta-feira, o prefeito de Mogadíscio, Yusuf Hussein Jimale, ofereceu “orações por uma rápida recuperação para os feridos e desejou o paraíso para aqueles que perderam suas vidas”, disse a SONNA.

    O governo da região de Banadir, onde Mogadíscio está localizada, “apoiará e auxiliará a comunidade somali durante este momento difícil”, informou o meio de comunicação estatal.

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