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    Em três meses, Bloomberg gastou o mesmo que todo Fundo Eleitoral do Brasil

    Magnata americano desistiu da indicação democrata, mas quebrou o recorde de autofinanciamento: US$ 464 milhões (R$ 2,1 bilhões) em sua pré-campanha

    Da CNN Brasil, em São Paulo

    Em sua curta tentativa de ser indicado pelo Partido Democrata como candidato à presidência dos Estados Unidos, o bilionário Michael Bloomberg gastou mais de US$ 464 milhões (equivalente a R$ 2,1 bilhões) em sua campanha, que começou oficialmente em novembro. O ex-prefeito de Nova York anunciou nesta quarta-feira (4) que deixou a disputa após resultados decepcionantes na Superterça.

    Para se ter uma ideia, o valor gasto pelo magnata é similar ao total do Fundo Eleitoral que financiará os partidos nas eleições municipais no Brasil, em outubro. Pela lei sancionada em janeiro pelo presidente Jair Bolsonaro, os partidos terão R$ 2 bilhões, divididos com base na representação na Câmara dos Deputados e no Senado.

    Esses US$ 464 milhões usados por Bloomberg são um recorde para autofinanciamento de campanha eleitoral nos Estados Unidos e foram revelados em fevereiro após a publicação dos documentos financeiros enviados pela campanha do empresário à Comissão Eleitoral Federal (FEC, em inglês) do país.

    Segundo esse balanço parcial, o magnata de mídia gastou só em janeiro US$ 220,6 milhões (R$ 1 bilhão) – grande parte em publicidade e também para formar rapidamente uma equipe de campanha com mais de 2.000 membros. 

    De acordo com ranking publicado em 2019 pela revista Forbes, Bloomberg ocupa a oitava posição entre as pessoas mais ricas do mundo, com fortuna estimada de US$ 60 bilhões (R$ 272 bilhões). O levantamento da revista informa ainda que o empresário já doou mais de US$ 8 bilhões (R$ 36,2 bilhões) para filantropia, incluindo ações sobre controle de armamentos e mudança climática.

    Em 2016, Donald Trump – que também financiou parcialmente sua campanha com recursos próprios – injetou cerca de US$ 66 milhões na eleição. O restante foi pago por doações individuais e de Super PACS, comitês que podem atuar a favor ou contra determinado candidato. 

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