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    Anexação de regiões da Ucrânia pela Rússia é ilegal, diz von der Leyen da UE

    Chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen afirmou que territórios ocupados ilegalmente por invasores russos são terras ucranianas

    Francesco Guarascioda Reuters , em Bruxelas

    A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse nesta sexta-feira (30) que a anexação de quatro regiões ucranianas pela Rússia é ilegal e que as terras ocupadas continuarão sendo parte da Ucrânia.

    “A anexação ilegal proclamada pelo (presidente russo Vladimir) Putin não mudará nada”, disse von der Leyen em publicação no Twitter após a anexação da Rússia das áreas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.

    “Todos os territórios ocupados ilegalmente por invasores russos são terras ucranianas e sempre farão parte desta nação soberana”, acrescentou von der Leyen.

    Putin assina anexação de quatro territórios

    O presidente russo Vladimir Putin assinou, nesta sexta-feira (30), a anexação de quatro regiões do território ucraniano à Rússia. O movimento intensifica a guerra que já perdura há sete meses e dá início a uma nova imprevisível fase do confronto.

    Moscou declara que as regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, em grande parte ou parcialmente ocupadas por forças russas ou apoiadas pela Rússia, fazem parte da Rússia.

    “Existem quatro novas regiões russas”, disse Putin durante a cerimônia feita para a anexação. “As pessoas que vivem nessas quatro regiões estão se tornando nossos cidadãos para sempre”, acrescentou.

    A região equivale a praticamente um quinto da Ucrânia. O movimento de Putin aconteceu em uma cerimônia especial no Kremlin, na capital russa de Moscou.

    A anexação acontece após os chamados referendos realizados por autoridades apoiadas pela Rússia no leste e sul da Ucrânia sobre a adesão à Rússia. “As pessoas fizeram sua escolha clara”, disse Putin, nesta sexta-feira (30). “A escolha das pessoas para fazer parte da Rússia está predicada na história”, acrescentou.

    Os votos nos referendos são ilegais sob a lei internacional e foram rejeitados pela Ucrânia e nações ocidentais como “uma farsa”. “As pessoas foram separadas de sua pátria quando a União Soviética se rompeu”, afirmou Putin. “A Rússia não busca trazer a União Soviética de volta”, completou.

    (Com informações de Tim Lister, Anna Chernova e Léo Lopes, da CNN; Edição de Catherine Evans)

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