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    Análise: Trump pode ser denunciado pela quarta vez esta semana na Geórgia

    Investigações podem não atrapalhar o ex-presidente nas primárias do Partido Republicano, mas viram foco de atenção para o pleito em novembro de 2024

    Stephen Collinsonda CNN

    Outra provável acusação criminal está pairando sobre Donald Trump nesta semana, o que aprofundaria seu já extremo pântano legal e desviaria ainda mais uma temporada eleitoral sem paralelo para vários tribunais.

    A promotora de Atlanta Fani Willis, uma democrata, convocou pelo menos duas testemunhas para comparecer perante um grande júri na próxima terça-feira (15) em um sinal de que sua investigação sobre a tentativa do ex-presidente de anular sua derrota nas eleições de 2020 na Geórgia está chegando ao fim.

    Espera-se que Willis apresente acusações contra mais de uma dúzia de pessoas. Trump acredita que estará entre eles e já está arrecadando fundos com a possibilidade de mais acusações criminais, classificando como esforços democratas para interferir nas eleições de 2024.

    Se Trump enfrentar uma nova acusação formal, ela se juntará a outras três:

    • o ex-presidente dos Estados Unidos já está enfrentando um julgamento por fraude comercial relacionadas a um pagamento secreto em 2016 a uma atriz de filmes adultos;
    • uma por manuseio incorreto de documentos confidenciais;
    • e outra por esforços para modificar o resultado da eleição de 2020.

    Ele se declarou inocente em todos os casos contra ele até agora.

    No entanto, haverá diferenças entre a potencial acusação na Geórgia e as acusações anteriores de Trump.

    Embora a campanha de Trump para 2024 tenha se tornado predominantemente uma extensão de sua defesa legal, caso seja eleito para um segundo mandato, poderá dificultar para ele no caso na Geórgia, uma vez que os poderes presidenciais que poderiam ajudá-lo a interferir em casos federais não funcionam e não se estende a assuntos locais.

    “Ele não apenas não seria capaz de perdoar a si mesmo, mas o processo de perdão na Geórgia significa que o governador [Brian] Kemp também não seria capaz de perdoá-lo. Há um conselho de perdão. Então é um processo mais complicado”, disse o ex-procurador federal Renato Mariotti à CNN. “Ele também não seria capaz de encerrar a investigação da mesma maneira.”

    Se ele chegar à Casa Branca em novembro de 2024, Trump poderia argumentar nos tribunais estaduais que está imune a acusações estaduais, mas isso daria início a um período complexo de litígio constitucional. Ele poderia, no entanto, instalar um procurador-geral em Washington que poderia encerrar as investigações federais.

    Hoje, Trump é o favorito republicano para concorrer em uma eleição geral na qual a Geórgia provavelmente será um campo de batalha importante.

    Há indícios de que o caso de Willis seria o mais amplo já decorrente do drama pós-eleitoral em 2020. Ela está de olho em acusações sob a Lei de Organizações Influenciadas e Corruptas Racketeer, o que lhe permitiria esboçar uma abrangente narrativa de uma suposta conspiração envolvendo vários atores.

    As expectativas de que a investigação de Willis esteja atingindo seu ponto crítico antes de possíveis indiciamentos cresceram, já que o ex-vice-governador da Geórgia Geoff Duncan, um republicano e agora hoje comentarista da CNN, disse que foi instruído a comparecer perante um grande júri do condado de Fulton, na terça.

    O jornalista independente George Chidi postou nas redes sociais que havia recebido uma intimação semelhante. A CNN já havia informado que a senadora democrata Jen Jordan recebeu intimações para testemunhar perante um grande júri no final deste mês.

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