Análise: Tanques de Israel indicam possível invasão terrestre no Líbano
Américo Martins afirma que movimentação de tanques israelenses sugere preparação para incursão terrestre no território libanês, escalando o conflito na região
Israel intensificou sua presença militar na fronteira com o Líbano, posicionando tanques na região norte do país.
Esta movimentação sugere uma possível invasão terrestre do território libanês, segundo avaliou o analista sênior de internacional da CNN, Américo Martins.
A escalada do conflito na região fronteiriça tem sido observada desde os ataques de 7 de outubro do ano passado, do Hamas a Israel.
Recentemente, Israel realizou operações contra estruturas supostamente ligadas ao Hezbollah no Líbano, agravando as tensões.
Preparação para incursão terrestre
Américo Martins avalia que a presença de tanques israelenses na fronteira indica uma alta probabilidade de invasão do território libanês.
“Essa movimentação de tanques indica uma possibilidade muito grande de uma incursão terrestre de Israel, de uma invasão do território libanês”, afirma o analista.
A estratégia israelense, segundo Martins, pode estar focada em criar uma “zona tampão” no sul do Líbano, visando a retirada das forças do Hezbollah da região.
Este movimento permitiria o retorno de aproximadamente 60 mil cidadãos israelenses evacuados da área de fronteira.
Riscos e implicações
Uma invasão terrestre representaria uma significativa escalada no conflito. Martins alerta que o Hezbollah possui maior capacidade de resistência em combates terrestres do que contra ataques aéreos, o que poderia resultar em um confronto mais sangrento para ambos os lados.
A situação permanece volátil, com o governo brasileiro monitorando de perto os acontecimentos.
O Itamaraty e autoridades federais estão em contato constante, avaliando a possibilidade de uma operação de repatriação de brasileiros que desejam deixar o Líbano.
Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente o desenrolar dos eventos, temendo uma possível expansão do conflito na região do Oriente Médio.