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    Análise: premiê da Eslováquia é um político divisionista em um país dividido

    Robert Fico mudou a política externa do país, prometendo o fim do apoio militar à Ucrânia e as ambições ucranianas de se juntar à OTAN

    Ivana Kottasová

    Os eslovacos estão profundamente divididos sobre a direção e posição do país no mundo desde que o primeiro-ministro Robert Fico foi reeleito no ano passado. Os apoiadores veem Fico como um líder atencioso que tem seus interesses no coração, enquanto os críticos dizem que ele é um populista cujas tendências pró-russas representam grandes riscos para o país.

    Desde que assumiu o cargo em outubro, Fico promoveu uma grande mudança na política externa da Eslováquia e seu apoio anteriormente firme à Ucrânia. Ele prometeu um fim imediato ao apoio militar a Kiev contra a invasão russa e prometeu bloquear as ambições da Ucrânia de se juntar à OTAN.

    Internamente, seu governo de coalizão também está pressionando reformas controversas que levaram a semanas de protestos pacíficos em larga escala. As tentativas de reformular o sistema de justiça criminal têm sido particularmente controversas, pois o governo busca reduzir as penas por corrupção.

    Já aboliu o escritório do procurador especial da Eslováquia, que tinha a tarefa de investigar casos graves de corrupção e politicamente sensíveis, incluindo alguns envolvendo pessoas ligadas a Fico e ao seu partido Direção – Social Democracia (SMER).

    O governo eslovaco também está tentando fechar a emissora de serviço público RTVS, planejando substituí-la por uma nova emissora nacional que estaria sob controle governamental mais rigoroso.

    Antes de seu impressionante retorno político no ano passado, Fico passou mais de uma década como primeiro-ministro. Ele foi forçado a renunciar em março de 2018, após semanas de protestos em massa desencadeados pelos assassinatos do jornalista investigativo Jan Kuciak e sua noiva Martina Kušnírová. Kuciak havia relatado sobre a corrupção entre a elite do país.

    A eleição presidencial deste ano, acirrada e contestada, viu Fico consolidar seu domínio no poder, enquanto seu aliado Peter Pellegrini foi eleito para o cargo.

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