Análise: Não há possibilidade de o Hezbollah se vingar nesse nível contra Israel
Analista afirma que Hezbollah não tem capacidade de atingir primeiro-ministro israelense; conflito segue intenso na Faixa de Gaza e no Líbano
Um drone foi lançado em direção à residência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no norte de Israel, neste sábado (19), segundo informações do porta-voz do premiê.
O incidente marca uma escalada nas tensões na região, em meio ao conflito em curso entre Israel e o Hamas.
O analista de Internacional Lourival Sant’Anna comentou durante o Agora CNN deste sábado (19) que, neste momento, não há possibilidade de o Hezbollah realizar uma vingança nesse nível contra Israel.
“Não há nenhuma possibilidade de o Hezbollah conseguir atingir nesse nível Israel. O primeiro-ministro sempre estará muito bem protegido”, afirmou Sant’Anna.
Apesar disso, o analista ressaltou que o Hezbollah intensificou os ataques contra Israel, prometendo aumentar o uso de mísseis teleguiados, que são mais precisos.
Segundo informações israelenses, o grupo disparou 180 projéteis, entre foguetes e mísseis, nas últimas 24 horas.
Conflito segue intenso em múltiplas frentes
O analista destacou que Israel realizou dez bombardeios contra o Líbano, resultando em cinco mortes.
Além disso, ataques israelenses a hospitais no norte da Faixa de Gaza teriam causado a morte de 50 palestinos, incluindo crianças.
“Tudo isso demonstra então que o conflito está muito aceso, muito ativo, tanto no fronte da faixa de Gaza quanto no fronte do Líbano”, explicou Sant’Anna.
A morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, gerou brevemente esperanças de um possível cessar-fogo. No entanto, o primeiro-ministro Netanyahu e seus ministros da Segurança e da Segurança Nacional rapidamente declararam que Israel continuará a guerra “até o fim”.
Sant’Anna observou que, segundo dados israelenses, cerca de 15 mil dos 30 mil combatentes do Hamas teriam sido mortos até agora.
O conflito já resultou em mais de 42 mil mortes de palestinos, a maioria civis, enquanto cerca de 70 reféns israelenses permanecem em cativeiro.