Américo: Israel utiliza tática ousada e confronta todos inimigos do Oriente Médio
Américo Martins afirma que Israel adotou tática ousada ao abrir frentes de conflito com praticamente todos os seus adversários na região
Israel adotou uma estratégia militar ousada no Oriente Médio, abrindo frentes de conflito com praticamente todos os seus inimigos na região, segundo o analista sênior de assuntos internacionais, Américo Martins. A escalada das tensões ocorre após novos ataques israelenses a Beirute, capital do Líbano, nesta segunda-feira (30).
De acordo com Martins, Israel está atualmente envolvido em confrontos diretos ou indiretos com diversos grupos e nações hostis: “Israel, neste momento, abriu flancos com todos os seus inimigos ou praticamente todos os seus inimigos”. O analista destaca que o país tem realizado operações militares contra alvos em múltiplos países.
Ações militares em várias frentes
Entre as ações recentes, Martins cita bombardeios contra os houthis no Iêmen, ataques a milícias pró-Irã na Síria e no Iraque, operações contra o Hezbollah no Líbano, além da continuidade dos combates com o Hamas na Faixa de Gaza. Israel também mantém forças de prontidão na Cisjordânia e chegou a eliminar um líder do Hamas em Teerã, capital do Irã.
O especialista ressalta que todos esses grupos têm em comum o apoio do Irã: “Em comum, todos esses inimigos têm uma coisa, eles são aliados do Irã, recebem treinamento, recebem financiamento, recebem armamentos de Teerã”. No entanto, Martins indica que, até o momento, o governo iraniano não demonstrou intenção de entrar diretamente no conflito.
Vantagem estratégica de Israel
Apesar da amplitude dos confrontos, Martins avalia que Israel possui atualmente vantagem estratégica: “Israel se infiltrou nas comunicações do Hezbollah, muito provavelmente das forças do Irã também, porque só conseguiu matar o Ismael Ranier porque tinha informações de onde ele estava”. Essa capacidade de inteligência tem permitido a Israel dilapidar as forças inimigas, especialmente do Hezbollah.
O analista conclui que, dado o atual cenário, é provável que Israel continue ampliando seus ataques contra todos esses adversários, aproveitando-se da vantagem militar que possui no momento. A situação, no entanto, permanece tensa e imprevisível, com potencial para maior escalada do conflito na região.