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    Ameaças de Putin são acenos aos seus “setores mais radicais”, diz professor

    Em entrevista à CNN, Leonardo Trevisan afirmou que mobilização parcial anunciada pela Rússia tornou guerra ainda menos popular

    Beatriz CripaRenata Souzada CNN

    em São Paulo

    Com a escalada de tensão na Ucrânia após o discurso de Vladimir Putin convocando cidadãos russos a lutar, diversas autoridades se manifestaram receosas com os possíveis desdobramentos da guerra.

    Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (22), o professor de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Leonardo Trevisan afirmou que o anúncio e as ameaças do presidente da Rússia são um aceno aos seus apoiadores.

    “Putin está dando sinais de que acusou o golpe no Leste da Europa e que precisa, de alguma forma, dar uma resposta — principalmente para os seus setores mais radicais, este é o ponto — de que ele está agindo”, explicou.

    Em sua fala, o líder russo também destacou que utilizaria todos os recursos que tiver disponíveis caso a integridade de seu território seja amaçada.

    Apesar dos temores relacionados ao uso de armas nucleares, a avaliação de Trevisan é de que o cenário é diferente daquele vivenciado durante a guerra-fria. “A Rússia, como disse o presidente Obama, ela é apenas uma potência regional”, afirmou.

    Além disso, o especialista explica que a mobilização parcial proposta por Putin torna a guerra ainda menos popular dentre os russos.

    Segundo Trevisan, o poder de Putin está “tendo ciclos de erosão. Isso significa que amanhã o Putin vai cair? Não. Isso significa que, de alguma forma, a esperança dos russos de que a guerra acabasse logo, acabou”.