Alvo de críticas por Covid-19, Xi Jinping rejeita ‘politização’ da pandemia
O presidente chinês ainda afirmou que a pandemia provocou muitas mudanças, mas que 'a paz e o desenvolvimento continuam sendo uma necessidade de muitas pessoas'
Em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente chinês Xi Jinping defendeu, nesta terça-feira (22), que “qualquer ação de politização e estigmação [da pandemia] deve ser rejeitada”.
“A Covid-19 não será a última crise a confrontar a humanidade, então precisamos nos unir para enfrentar mais desafios mundiais. Todos os países estão conectados e temos um futuro em comum. Nenhum país ganha com as dificuldades de outro”, refletiu.
O líder chinês ainda defendeu que os países devem trabalhar para, além de restaurar as próprias economias, recuperar a economia global. “Diante do vírus, devemos nos preocupar e cuidar das necessidades dos países em desenvolvimento”, pediu.
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O evento deste ano tem como tema “O futuro que queremos, as Nações Unidas que precisamos: reafirmar nosso compromisso coletivo com o multilateralismo – enfrentando a Covid-19 por meio de uma ação multilateral efetiva”. Embora os trabalhos da Assembleia Geral já tenha começado na quinta-feira (17), os discursos dos chefes de estado começaram hoje.
O primeiro presidente a falar foi o brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido), que disse que a Covid-19 ganhou o centro de todas as atenções neste ano, lamentou “cada morte ocorrida” e defendeu que o Brasil é “vítima de campanha brutal de desinformação” sobre o meio ambiente.
Na sequência, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a organização “precisa focar nos problemas reais do mundo” e fez duras críticas à China.
“Nesse futuro precisamos responsabilizar a nação que libertou esta praga no mundo: a China. Ela proibiu os voos nacionais, mas permitiu que pessoas voassem para o restante do mundo e infectasse as populações”, afirmou Trump.
Antes da fala dos líderes mundiais, o secretário-geral da ONU, António Guterres, deu início aos discursos. “Pela primeira vez em 30 anos, a pobreza está aumentando”, disse. Ele também criticou líderes mundiais, destacando que “o populismo e o nacionalismo falharam”.
(Edição: Leonardo Lellis)