Líderes internacionais condenam ataque do Irã contra Israel
Primeiro-ministro do Reino Unido, da França e secretário-geral da ONU foram algumas das autoridades que se manifestaram
Líderes internacionais se manifestaram nesta terça-feira (1) sobre o lançamento de mísseis iranianos contra Israel.
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, condenou, sob os “termos mais fortes possíveis”, a investida, dizendo que o Irã deve parar o ataque imediatamente.
“Nós alertamos o Irã de forma urgente sobre essa escalada perigosa. O Irã deve parar o ataque imediatamente. Ele está levando a região ainda mais para a beira do abismo”, disse Baerbock em uma publicação na plataforma de mídia social X, o antigo Twitter.
O gabinete do primeiro-ministro do Reino Unido, por sua vez, publicou uma nota dizendo condenar “completamente” as ações do Irã e apelou por uma desescalada na região.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou a “ampliação do conflito no Oriente Médio, com escalada após escalada”.
“Isso precisa parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo”, disse Guterres.
O primeiro-ministro da França, Michel Barnier, também expressou sua preocupação perante a Assembleia Nacional sobre a situação no Oriente Médio.
“Falo em um momento em que a situação está piorando no Oriente Médio, com uma escalada e um ataque, e um conflito direto que parece estar em curso entre o Irã e Israel. Uma situação gravíssima, portanto”, declarou o chefe do governo aos deputados.
A União Europeia, por sua vez, condenou de “de forma veemeente” a investida iraniana e fez coro pelo cessar-fogo.
“O perigoso ciclo de ataques e riscos de retaliação… saiu de controle”, postou o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, no X. “É necessário um cessar-fogo imediato em toda a região”.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chamou o ataque de “totalmente inaceitável” e acrescentou que “o mundo inteiro deveria condená-lo”.
Entenda o conflito no Oriente Médio
O ataque do Irã contra Israel acontece em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano.
A ofensiva ocorre um dia após o Exército de Israel iniciar uma “operação terrestre limitada” no Líbano.
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões no país vizinho. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.
Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento nas hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
*Com informações da CNN Internacional e Reuters