França e Alemanha retomam lockdowns para conter segunda onda de Covid-19
Países têm registrado recordes de casos nas últimas semanas
Os chefes de Estado da França e da Alemanha anunciaram nesta quarta-feira (28) a retomada de lockdowns para conter o avanço da segunda onda de Covid-19.
A chanceler alemã Angela Merkel concordou em implementar um bloqueio parcial em tentativa de controlar o aumento de casos da Covid-19 no país. Já na França, o lockdown anunciado pelo presidente Emmanuel Macron é total e todos os estabelecimentos considerados não-essenciais serão fechados.
As medidas valerão a partir de segunda (2) para os alemães e sexta-feira (30) para os franceses.
Alemanha
O lockdown começa na próxima segunda-feira (2), quando restaurantes, bares e boates serão fechados para “evitar uma emergência de saúde a nível nacional”.
A partir de 2 de novembro, os alemães são aconselhados a ficar em casa, evitar viagens e “manter seus contatos no mínimo possível”, disse a chanceler. Contatos sociais serão limitados a apenas habitantes de duas residências diferentes e os encontros devem ser ao ar livre. Escolas e creches permanecerão abertas, mas terão de tomar medidas de higiene rigorosas.
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As medidas vigoram por um período de quatro semanas, e serão avaliadas após duas semanas. Apesar de rígidas, elas são menos duras que as do lockdown imposto durante a primavera europeia, que levou o país à paralisação.
O anúncio de Merkel vem depois de uma reunião com líderes de 16 estados da Alemanha para discutir o crescimentos dos casos do novo coronavírus no país. O estado da Bavária e a região de Frankfurt já haviam tomado decisões semelhantes, que vão de toques de recolher a lockdowns localizados.
O país registrou um novo recorde de 14.964 infecções em 24 horas nesta quarta-feira (28), de acordo com a agência de controle de doenças do país, o Instituto Robert Koch.
O total de casos de Covid-19 na Alemanha é de 449.275 e o total de mortes é de 10.098, de segundo o instituto.
França
As medidas anunciadas nesta quarta preveem o isolamento total, exceto para comprar itens essenciais, procurar ajuda médica e fazer uma hora diária de exercício físico. Estabelecimentos não-essenciais de todos os tipos serão fechados.
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A população precisará de um certificado para transitar no país, mas ainda poderá se deslocar para ir ao trabalho, se for impossível fazê-lo remotamente. Diferentemente das restrições de março deste ano, a maioria das escolas permanecerá aberta e lares de idosos podem continuar recebendo visitas.
As restrições estarão em vigor até 1º de dezembro. O presidente afirmou que, “se a situação melhorar”, poderia avaliar a reabertura de lojas consideradas não-essenciais dentro de 15 dias.
A França reportou 523 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas —o maior número desde abril, quando o vírus atingiu seu pico no país.
(Com informações de Tara John e Claudia Otto, da CNN Internacional)