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    Alberto Fernández é indiciado após denúncia de agressão da ex-primeira-dama

    Fabiola Yañez acusou o ex-presidente argentino por “violência física e mental”

    Da CNN

    O ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández foi acusado formalmente por ameaças e ferimentos graves, nesta quarta-feira (14), após a denúncia da ex-primeira-dama, Fabiola Yañez, de acordo com informações da afiliada da CNN na Argentina, a Todo Noticias (TN).

    Segundo a TN, o promotor Ramiro González convocou testemunhas que presenciaram os supostos espancamentos e ordenou dezenas de medidas de teste para avançar a investigação.

    A advogada de Alberto Fernández, Silvina Carreira, pedirá a anulação da declaração de Fabiola Yañez porque não foi autorizada a participar da audiência, ainda de acordo com a apuração da TN.

    Na terça-feira (13), a Justiça recusou-se a permitir que a defesa do ex-presidente ouvisse o depoimento de Yañez, que ampliou a sua denúncia ao procurador González, por meio de uma vídeo-chamada em Madrid.

    Relembre o caso

    Alberto Fernandez e sua parceira Fabiola Yañez são vistos na rua após votar durante as eleições presidenciais na Argentina em 27 de outubro de 2019 em Buenos Aires, na Argentina / Ricardo Ceppi/Getty Images

    Yanez, que atualmente mora na Espanha com o filho, acusou Fernández na semana passada perante um juiz por “violência física e mental”.

    O ex-presidente argentino negou as acusações em um comunicado na sua conta na rede social X.

    “A verdade dos fatos é outra. Só vou dizer que é falso e que aquilo de que vocês agora me acusam nunca aconteceu. Pela integridade dos meus filhos, da minha e também da própria Fabíola, não farei declarações à mídia, mas sim levarei à justiça as provas e depoimentos que revelarão o que realmente aconteceu”, ele publicou no dia 6 de agosto.

    Dois dias depois, na quinta-feira, 8 de agosto, a mídia Infobae divulgou duas fotografias mostrando Yáñez com hematomas no olho e na axila direita. Uma fonte próxima ao processo confirmou à CNN que essas imagens fazem parte da denúncia.

    Nesse mesmo dia, também foram publicados bate-papos entre os dois.

    As imagens divulgadas mostravam mensagens como: “Não funciona assim, você me bate o tempo todo. É incomum. Não posso deixar você fazer isso comigo quando eu não fiz nada com você. E tudo que tento fazer com minha mente focada é te defender e você me bateu fisicamente Não há explicação”

    Fabiola Yañez, ex-primeira-dama da Argentina, aparece com hematomas pelo corpo após supostas agressões de Alberto Fernández / Reprodução/Infobae

    No sábado, 10 de agosto, o Infobae publicou uma entrevista exclusiva com Yáñez na qual ela deu mais detalhes da acusação contra o ex-presidente.

    Na segunda-feira (12), Yáñez apresentou à Justiça um escrito no qual ampliou a denúncia de violência de gênero contra Fernández.

    Os advogados de Yáñez pediram que o caso fosse enquadrado na prática de crimes de lesões graves duplamente qualificados pelo vínculo e perpetrados no quadro da violência de género, com abuso de poder e autoridade, fonte com acesso aos autos.

    Além disso, na carta ela afirma ter feito um aborto durante o relacionamento com o ex-presidente e fala em “violência reprodutiva”.

    Na terça-feira (13), o jornal espanhol El País publicou uma entrevista ao ex-presidente, na qual reitera que rejeita as acusações da mãe do seu segundo filho.

    Yáñez deslocou-se na terça-feira (13) ao consulado argentino em Madrid, onde reside, para prestar depoimento por videoconferência perante a Justiça.

    Em Buenos Aires, o advogado de Fernández garantiu aos meios de comunicação dos Tribunais de Comodoro Py que esta afirmação “não é válida” e explicou que o Departamento de Justiça não permitiu que nem o ex-presidente nem a sua defesa a testemunhassem.

    Por sua vez, Mariana Gallego, advogada de Yáñez, falou aos meios de comunicação ao sair do consulado e confirmou que a ex-primeira-dama “pode testemunhar, sentiu-se muito bem, muito apoiada, muito acompanhada, especialmente pelo Ministério Público e pelo Tribunal quem está intervindo. Resta confiar na Justiça e nas etapas processuais. Agora temos que seguir o processo judicial. Não acho que seja necessário testemunhar novamente.”

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