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    Ajuda humanitária cai em dois terços desde entrada de Israel em Rafah, diz ONU

    Entregas ficaram prejudicadas à medida que governo israelense intensifica operações militares na região sul de Gaza

    Michelle Nicholsda Reuters

    A Organização das Nações Unidas, que alertou para a fome em Gaza, disse nesta quarta-feira (29) que a quantidade de ajuda humanitária que entra na região caiu em dois terços desde que Israel começou sua operação militar na região sul, de Rafah, neste mês.

    “A quantidade de comida e outros auxílios entrando em Gaza, que já era insuficiente para atender às necessidades crescentes, caiu ainda mais desde 7 de maio”, disse o gabinete da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).

    Segundo o Ocha, uma média diária de 58 caminhões de ajuda chegaram a Gaza entre 7 de maio e a terça-feira (28). Já entre 1º de abril e 6 de maio, a média diária foi de 176 caminhões.

    Segundo o gabinete, os números indicam uma queda de 67%, e excluem cargas e combustíveis do setor privado.

    A ONU disse que é necessário o envio de pelo menos 500 caminhões de auxílio e produtos comerciais para Gaza, por dia.

    Desde que a guerra entre Israel e o Hamas começou, quase oito meses atrás, o auxílio humanitário para 2,3 milhões de palestinos entrou por duas passagens no sul de Gaza — a de Rafah, a partir do Egito, e a de Kerem Shalom, de Israel.

    Mas as entregas ficaram prejudicadas quando Israel intensificou suas operações militares em Rafah, com o objetivo de derrotar unidades remanescentes de combatentes do Hamas.

    O Egito fechou a passagem de Rafah diante da ameaça ao trabalho humanitário, mas concordou na sexta-feira (24) a enviar a carga de ajuda e combustível por meio de Kerem Shalom.

    O vice embaixador de Israel na ONU, Jonathan Miller, disse ao Conselho de Segurança nesta quarta-feira (29) que Israel trava uma guerra contra o Hamas, não contra os civis de Gaza.

    “É por isso que Israel está comprometido a facilitar a entrada de ajuda humanitária em Gaza por todos os pontos de entrada possíveis. A passagem de Kerem Shalom, apesar do foguete do Hamas, continua totalmente funcional e os caminhões de auxílio estão entrando”, afirmou.

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