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    William Waack

    Agenda proposta pelos Brics é de mudar a ordem mundial, e o Brasil quer isso, diz ex-embaixador ao WW

    Rubens Barbosa afirma que propostas do bloco para governança global e uso de moedas locais são de interesse brasileiro, mas alerta para tendência antiocidental

    Da CNN

    O ex-embaixador do Brasil em Washington Rubens Barbosa afirmou que a agenda proposta pelo bloco dos Brics, que visa reduzir a centralização da ordem mundial nos Estados Unidos, no Japão e nos países europeus, é de interesse do Brasil e deve ser endossada pelo país.

    Em entrevista ao WW desta segunda-feira (21), Barbosa destacou que as propostas do grupo, que incluem mudanças na governança global e a substituição do dólar por moedas locais, alinham-se com os objetivos da política externa brasileira atual.

    “Essa agenda que o Brics está promovendo inclui a governança global, a contestação da ordem vigente, não a substituição, mas o aperfeiçoamento, essa é uma agenda brasileira”, explicou.

    Expansão do bloco e posicionamento brasileiro

    O diplomata comentou a possível expansão dos Brics, que atualmente conta com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, para incluir mais dez países. Segundo ele, essa ampliação pode diluir a influência brasileira na definição da agenda do grupo.

    Barbosa alertou que o Brasil deve manter uma posição independente dentro do bloco: “Do ponto de vista do Brasil, eu acho que pertencer a esse grupo é positivo na minha visão, porque você discute temas globais, agora o Brasil teria que se distanciar dessa tendência antiocidental”.

    O ex-embaixador expressou preocupação com a possibilidade de o Brics se tornar um movimento antiocidental.

    “Eu acho que o Brics, como está concebido, esses cinco que entraram, e agora os dez que vão entrar, mas são 20 países, eles formam o embrião, na minha visão, de um movimento antiocidental, se contrapondo ao Ocidente”, advertiu.

    Barbosa recomendou que o Brasil mantenha uma postura equilibrada, evitando alinhamentos automáticos tanto com a China quanto com os Estados Unidos.

    Ele sugeriu que o país siga o exemplo da Índia, buscando uma posição independente que permita dialogar com ambos os lados sem comprometer seus interesses nacionais.

    Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.

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