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    Acusado de desacato, Steve Bannon se entrega ao FBI

    Ex-estrategista de Donald Trump estava se recusando a participar das investigações do Congresso que apuram a invasão ao Capitólio, em janeiro

    Sarah N. LynchJan Wolfeda Reuters

    Steve Bannon, conselheiro de longa data do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, entregou-se ao FBI nesta segunda-feira (15), para enfrentar as primeiras acusações criminais da investigação do Congresso sobre o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio. Bannon estava se recusando a cooperar com a investigação.

    Quando chegou ao escritório do FBI, Bannon falou aos seus apoiadores, olhando diretamente para a câmera que estava transmitindo ao vivo pela internet, e os incentivou a manter o foco. “Estamos derrubando o regime de Biden”, disse ele.

    Na sexta-feira (12), um júri federal indiciou Bannon por desacato ao Congresso depois que ele se recusou a comparecer a um depoimento e também por não apresentar documentos. Desprezar ordens do Congresso é uma contravenção que pode levar a um ano de prisão e multa de US$ 1.000, segundo o Departamento de Justiça.

    Bannon, 67, deve fazer sua primeira aparição no tribunal federal ainda nesta segunda-feira.

     

    Bannon é uma das mais de 30 pessoas próximas ao ex-presidente republicano que foram convocadas pelo Comitê Selecionado da Câmara dos Representantes dos EUA para testemunhar sobre o que aconteceu no dia 6 de janeiro, quando milhares de pessoas invadiram o Capitólio contra o resultado da eleição presidencial dos Estados Unidos em 2020, que marcou a derrota eleitoral de Trump para o presidente Joe Biden.

    Os investigadores da Câmara esperam que a ação contra Bannon motive outras testemunhas, como o ex-chefe de gabinete Mark Meadows, a depor. Bannon recusou, citando a insistência de Trump – já rejeitada por um juiz – de que ele tem o direito de manter o material solicitado confidencial por ter privilégio executivo.

    O representante dos EUA Adam Schiff, presidente democrata do Comitê de Inteligência da Câmara e membro do painel de 6 de janeiro, disse acreditar na acusação de “desacato ao Congresso” contra de Bannon.

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