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    Acordo de paz entre Rússia e Ucrânia ainda está muito distante, avalia professor

    À CNN Rádio, Roberto Uebel afirmou que ameaça russa a regiões portuárias após assinatura de acordo traz mais incertezas sobre o futuro do conflito

    Amanda Garciada CNN

    No último domingo (24), a invasão russa à Ucrânia completou 5 meses. Para o professor de Relações Internacionais da ESPM Porto Alegre, Roberto Uebel, “estamos distantes para acordos de cessar-fogo e para a paz.”

    Em entrevista à CNN Rádio, ele avalia que os ataques registrados a regiões portuárias – após a assinatura de acordo para escoamento de produção de grãos – “traz incertezas sobre o futuro do conflito.”

    Na sexta-feira (22), Rússia e Ucrânia chegaram a um acordo, mediado pela ONU e pela Turquia, para liberar a exportação, interrompida devido ao conflito.

    “A gente olha os termos e nota que a Rússia sente impactos das sanções econômicas, uma das condições para assinar era que pudesse se utilizar do Mar Negro para escoar produção de fertilizante, boa parte do mundo deixou de comprar dos russos.”

    Ao mesmo tempo, o professor destaca que a Ucrânia se sente insegura, já que a região portuária está sob ocupação russa.

    De acordo com Uebel, é difícil “enxergar luz no horizonte em relação ao cessar-fogo”, muito porque os países que buscavam mediar as partes acabaram ficando pelo caminho.

    “A Bielorrússia que deu sinais de apoio à Rússia foi abandonada como opção; Israel entrou numa crise política e a guerra saiu do foco, e a Turquia, se que manteve como um estado aberto, mas ele está distante porque não há comprometimento russo em abandonar territórios, como a Crimeia desde 2014.”

    O professor acredita que “vamos ver acordos pontuais para corredores humanitários e para escoamento de produções”, além de certo alívio de sanções para Rússia, por países como Lituânia e Letônia.

    *Com produção de Isabel Campos

     

     

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