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    Ações podem reduzir em até 80% presença de plástico no meio ambiente, diz especialista da ONU

    Gerente de Políticas para Clima no Brasil do Pnuma, Vitor Pinheiro, explicou que combate à poluição plástica avança mais do que discussão sobre clima

    Poluição plástica em uma praia em Honduras
    Poluição plástica em uma praia em Honduras The Ocean Cleanup

    Ricardo Gouveiada CNN

    As Nações Unidas publicaram um relatório que aponta soluções para uma redução drástica da poluição por resíduos plásticos. O levantamento afirma que medidas como reciclagem e reuso podem reduzir em até 80% o lançamento de plástico no meio ambiente até 2040, além de gerar 700 mil novos postos de trabalho.

    O texto foi elaborado para ser discutido na segunda rodada de negociações sobre o tema, marcado para o fim deste mês, em Paris.

    O avanço das discussões é visto com otimismo pelos representantes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

    “Enquanto a discussão do clima já leva algumas décadas, em alguns anos se compreendeu o tamanho do risco com a poluição plástica”, afirmou Vitor Pinheiro, gerente de Políticas para Clima no Brasil do Pnuma à CNN Rádio. “Tanto que no ano passado foi aprovado em assembleia do Meio Ambiente da ONU, por unanimidade, o começo desse processo para o tratado.”

    O relatório lembra que a redução da poluição depende de uma aliança entre diversos países para padronizar o circuito, que deve ser circular para reaproveitar o lixo plástico.

    Se, por um lado, a reciclagem e reuso são capazes de reduzir em 80% o descarte de plástico, por outro, esse tipo de resíduo pode triplicar no meio ambiente até 2060 se nada for feito.

    A proposta do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente ressalta que a inação pode custar muito mais caro do que a união de esforços para superar o problema.

    O relatório da ONU aponta para uma transição para um novo tipo de indústria.

    “O plástico vai continuar sendo produzido e consumido, a questão é que, em vez de continuar aumentando a produção de plástico virgem, vai haver uma transição para outros pontos dessa cadeia”, explica Vitor Pinheiro. “Modelos de reuso, por exemplo, vão exigir mais pessoas trabalhando nele.”

    O gerente do Pnuma lembra que os efeitos da poluição plástica na saúde humana ainda estão sendo estudados.

    Em análises, pesquisadores já encontraram resíduos de microplástico em leite materno e corrente sanguínea.