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    A nove dias do fim do mandato, Trump declara Cuba financiadora do terrorismo

    Secretário Mike Pompeo argumenta que regime comunista abriga fugitivos da Justiça americana, líderes rebeldes colombianos e apoia governo de Maduro

    O presidente dos EUA, Donald Trump, em pronunciamento no Twitter
    O presidente dos EUA, Donald Trump, em pronunciamento no Twitter Foto: Reprodução/Twitter @donaldjtrump (6.jan.2021)

    Da CNN, em São Paulo*

    A administração de Donald Trump termina na próxima semana, mas o atual governo americano tomou medida relevante na política externa. O Departamento de Estado dos Estados Unidos declarou Cuba como uma nação financiadora do terrorismo. 

    A decisão foi tomada pelo atual secretário de Estado, Mike Pompeo, nesta segunda-feira (11).

    Para justificar a decisão, Pompeo afirmou que Cuba entrou na lista por “repetidamente proporcionar atos de terrorismo internacional”, abrigando fugitivos americanos e líderes colombianos rebeldes.

    O secretário de Estado também citou o apoio de segurança de Cuba ao presidente da Venezuela Nicolás Maduro. 

    “Com essa ação, nós mais uma vez fazemos o regime de Cuba responsabilizável e envie uma mensagem clara: o regime Castro deve acabar com o seu apoio ao terrorismo internacional e à subversão da justiça americana”, escreveu Mike Pompeo, em comunicado.

    Na prática, a medida é simbólica por colocar uma espécie de “legado” para o governo Trump na diplomacia, colocando obstáculos para que a gestão do presidente eleito Joe Biden se reaproxime com o governo da ilha a partir do dia 20.

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    Atualmente, apenas três outras nações são designadas como terroristas pelos EUA: Irã, Coreia do Norte e Síria. O Sudão foi recentemente removido da lista como parte de seu acordo para normalizar os laços com Israel.

    Tal designação impõe limitações à ajuda externa dos Estados Unidos, proibição de exportações e vendas de equipamentos de defesa, certos controles sobre as exportações de outros produtos e várias restrições financeiras. Também resultaria em penalização contra quaisquer pessoas e países que se envolvessem em certas atividades comerciais com Cuba.

    Segundou apurou a CNN, haviam resistências dentro do Departamento de Estado, por parte dos técnicos que trabalham as relações com Cuba. Por outro lado, a pressão adicional ao regime comunista fundado por Fidel Castro e hoje presidido por Miguel Díaz-Canel era desejada por republicanos da Flórida, estado que abriga emigrantes cubanos.

    *Com Reuters