À CNN, Forças de Israel defendem ataque a campo de refugiados de Jabalya como “legítimo”
Porta-voz disse que presença do comandante do Hamas justificou ataque de terça-feira (31)
As Forças de Defesa de Israel (FDI) defenderam nesta quarta-feira (1º) o ataque o campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, feito na terça-feira (31), dizendo que Ibrahim Biari, comandante do grupo radical islâmico Hamas, fez do ataque uma “clara necessidade militar” e um “alvo legítimo”.
“Sabemos que ele é um arquiterrorista”, disse o tenente-coronel das FDI Peter Lerner a Phil Mattingly da CNN, referindo-se a Biari.
As forças israelenses disseram que ele morreu durante no ataque a Jabalya e o apontaram como um dos comandantes do Hamas responsáveis pelos ataques terroristas de 7 de outubro sobre Israel.
“E, claro, se tivesse a chance, ele faria isso de novo e de novo e de novo.”
“Há uma clara necessidade militar. Quando você tem um terrorista, um arquiterrorista, cercado por dezenas de seus capangas, que planejam realizar mais ataques, então eles são um alvo legítimo.”
Um porta-voz do Hamas negou que Biari estivesse lá e chamou o ataque israelense de “crime hediondo contra civis, crianças e mulheres seguros”.
O Dr. Atef Al Kahlout, diretor do Hospital Indonésio de Gaza, disse à CNN na terça-feira que o ataque causou centenas de vítimas — mortos e feridos. “Muitos ainda estão sob os escombros”, acrescentou.
Outro porta-voz das FDI disse nesta quarta-feira que os túneis desabados foram parcialmente responsáveis pela escalada de destruição do ataque de terça-feira.
Mattingly perguntou a Lerner se as IDF estavam cientes desse sistema de túneis, perguntando: “Esse era o alvo? Você queria tentar destruir o sistema de túneis naquela área?”
“Queríamos eliminar o inimigo”, disse Lerner. “Um inimigo brutal que não se importa com a vida humana. Isso coloca intencionalmente a sua infraestrutura na arena civil.”
Quando pressionado sobre se Israel forneceria alguma prova da morte de Biari, Lerner recusou-se a responder diretamente, dizendo que a inteligência israelense tinha confirmado a sua morte.