18 meses após morte de George Floyd, Minneapolis vota reforma policial
Na próxima terça-feira (2) eleitores da cidade de Minneapolis, no estado americano de Minnesota, votam sobre reforma do departamento de polícia
Na próxima terça-feira (2), os eleitores de Minneapolis, cidade do estado americano de Minneapolis, votarão plebiscito sobre substituição do departamento de polícia por um novo departamento de segurança pública.
Este será o primeiro grande teste eleitoral dos esforços de reforma desencadeados pela morte de George Floyd, em maio de 2020.
O chefe da polícia de Minneapolis, Medaria Arradondo, se opõe à medida. O prefeito Jacob Frey, que busca a reeleição na terça-feira, também é contra. Nenhum dos dois respondeu aos pedidos de comentários feitos pela agência Reuters.
Eleitores se dizem confusos – em grande parte porque os detalhes do novo departamento de segurança pública só seriam discutidos pelo prefeito e pela Câmara Municipal nos meses após a votação.
Os opositores dizem que a medida “acabaria com o financiamento da polícia”. Eles dizem que Minneapolis, com uma população de cerca de 430 mil pessoas, precisa de mais policiais, e não menos, enquanto enfrenta uma onda de crimes.
Os apoiadores da medida insistem que os policiais permanecerão em seus empregos, embora talvez em números menores. Eles dizem que a mudança significaria abordar a segurança de uma maneira holística, incluindo as causas básicas do crime antes que ele aconteça.
Se aprovado, o departamento de segurança pública criaria uma agência maior que incluiria policiais, bem como profissionais de saúde mental, especialistas em habitação e dependência, e pessoas treinadas para diminuir o conflito na atuação de ocorrências do 911 – a linha de emergência policial –, de forma que nem sempre um agente armado seria necessário.
O novo departamento responderia não apenas ao prefeito, mas também aos 13 vereadores da cidade, o que, segundo os apoiadores, daria aos moradores mais influência na forma como o policiamento é realizado.
* Com informações de Brad Brooks, da Reuters
(Publicado por Kaluan Bernardo)