Tendências para 2024: como a Inteligência Artificial está moldando o mercado de trabalho
O ano de 2023 foi marcado por transformações e novidades em muitos setores, principalmente, no de tecnologia. A ascensão de soluções em inteligência artificial teve impacto direto na vida de profissionais e empresas e vai redefinir o mercado de trabalho como a internet fez nos anos 1990.
Desde o lançamento do ChatGPT, no final de 2022, a Inteligência Artificial generativa se tornou um dos assuntos mais falados nas redes sociais, sites de notícias e até mesmo em rodas de conversas informais.
Embora mudanças estejam acompanhadas de inseguranças, os últimos anos nos ensinaram que somos capazes de nos reinventarmos e de nos adaptarmos diante de situações desafiadoras. Temos um cenário otimista que é impulsionado pelo crescente interesse de empresas de diversos setores, que estão investindo em avanço tecnológico e consequentemente, em desenvolvimento, aprendizado e inovação. Isso faz com que a evolução seja cada vez mais rápida e benéfica para a sociedade.
Mas será que 2023 nos preparou para o que vem em 2024? E quais serão os desafios, tendências e inovações que profissionais e empresas podem esperar do próximo ano em relação a IA e o futuro do trabalho?
O crescimento de posições em IA e as perspectivas para o futuro do trabalho
Tivemos um aumento significativo em posições relacionadas à IA. Por exemplo, em escala global, o número de empresas que possuem o cargo de “Líder em Inteligência Artificial” quadruplicou nos últimos cinco anos e cresceu mais 10% desde o lançamento do ChatGPT. No Brasil, anúncios de emprego mencionando IA mais que triplicaram (3,2x) nos últimos dois anos. E olhando para o futuro, os dados mostram que mais de um terço (38%) dos executivos no País acreditam que a IA Generativa criará novas funções em suas organizações.
Dados recentes do LinkedIn mostram ainda que 74% dos brasileiros acreditam que até o próximo ano a IA mudará completamente a forma de trabalhar e 85% dos trabalhadores ouvidos na pesquisa afirmaram que se sentem confiantes em integrar essa tecnologia ao seu fluxo de trabalho.
Por conta dessas mudanças, devemos ver com ainda mais intensidade o desenvolvimento e a busca por aprendizado de IA em 2024.
O ser humano no centro da era de IA
Impulsionadas pelo avanço e uso mais abrangente da Inteligência Artificial generativa, as habilidades necessárias para desempenhar algumas funções devem mudar pelo menos 65% até 2030, de acordo com o LinkedIn. Isso deve afetar, em alguma proporção, praticamente todos os empregos no Brasil, mesmo que indiretamente. Muitos profissionais já estão se adaptando à disrupção causada pela IA e aprendendo a trabalhar em conjunto com ela para aprimorar suas funções.
Dito isso, vale dizer que há um foco crescente nas competências exclusivas dos seres humanos, na interação e na colaboração. Empresas e indústrias em geral estão – e continuarão – valorizando ainda mais a importância de habilidades interpessoais, como comunicação e resolução de problemas.
Dessa forma, adotar uma abordagem centrada no ser humano garante a integração da IA e sua implementação eficiente. Ela não substituirá as pessoas e sim exigirá o uso das capacidades únicas que temos e que somente nós, como profissionais, somos capazes de desempenhar.
Uma liderança forte e adaptável para enfrentar as transformações
Em 2024, as empresas – e principalmente os líderes – devem ter um papel importante e estratégico ao promoverem uma cultura de aprendizado, para que todas as pessoas tenham tempo e oportunidade de se adaptarem e aumentarem seus conhecimentos sobre IA e outras tecnologias. Uma pesquisa recente do LinkedIn mostra que:
- Mais da metade (56%) dos brasileiros estão preocupados por sentirem que deveriam ter mais conhecimento sobre IA;
- 62% afirmam que desejam aprender mais sobre IA, mas não sabem por onde começar;
- 38% declaram que ainda não receberam nenhum treinamento em IA por parte de seus empregadores.
Precisamos encarar as novas tecnologias como uma ferramenta extra para facilitar nossas rotinas, e incentivar o aprendizado dentro das organizações.
Esta é a fase ideal para fazer uma transição e entender que, apesar das incertezas, uma nova era chegou e que é mais do que possível navegar esse novo universo. É a chance de abraçarmos nossos superpoderes – nossa empatia, nossa habilidade de liderar com humanidade e nossa capacidade de aceitar a mudança como uma constante. Este é um momento emocionante e transformador, onde a tecnologia não é apenas uma ferramenta, mas um impulsionador de um futuro mais conectado, inclusivo, responsável e eficiente.
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