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      Walter Schalka -Presidente da Suzano S.A

      Walter Schalka é Presidente da Suzano, posição que ocupa desde janeiro de 2013. O executivo tem papel estratégico na evolução dos resultados da companhia nos últimos anos, incluindo a fusão entre a Suzano Papel e Celulose e a Fibria Celulose, concluída em 14 de janeiro de 2019.

      Iniciou sua carreira no Citibank e posteriormente ingressou na Holding Financeira do Grupo Maepar. Em 1989, assumiu o cargo de Diretor Financeiro e Administrativo na Dixie Lalekla. Com a fusão das empresas Toga e Dixie Lalekla, ocorrida em 1995, passou a Diretor-Geral do Grupo Dixie Toga. Em maio de 2005, ingressou no Grupo Votorantim para assumir a presidência da Votorantim Cimentos, cargo que ocupou até 2013.

      Schalka é Engenheiro formado pelo ITA e pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP). Participou de cursos de Especialização e Aperfeiçoamento nos Institutos IMD (Suíça) e Harvard (EUA).

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    Brasil polarizado flerta com possível terceiro turno

    Estamos a menos de 20 dias do primeiro turno das eleições presidenciais e temas como o combate à fome e à pobreza, a geração de emprego e a preservação ambiental permanecem fora da pauta eleitoral. Nos grupos de WhatsApp, redes sociais ou encontros de família, prevalece a discussão rasa do um contra o outro, entre um modelo que não promoveu o desenvolvimento sustentável e outro que contribuiu para a ampliação das desigualdades no País. Opta-se, de forma conveniente, por um olhar para o passado que estimula a polarização, em detrimento da apresentação de propostas que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros e brasileiras. E pior, incentiva-se um conceito de “voto útil”, quando na verdade a escolha de primeiro turno deveria ser um voto em crença na pessoa mais bem preparada para guiar o País.

    O discurso “nós contra eles” tem se acentuado eleição após eleição nos últimos 20 anos. Em um país diverso e multiétnico como o Brasil, não identifico qualquer evolução significativa que tenhamos alcançado a partir da polarização, do afastamento das pessoas e da falta de diálogo. Ficamos mais enfraquecidos como sociedade e vemos encolher nossa capacidade de endereçar os inúmeros problemas estruturais.

    A busca por um País mais justo, eficiente e sustentável é premente e não aceita mais a omissão da sociedade. Recentemente, assinei a “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito”, um apoio dado não por um presidente de empresa, status temporário que ocupo, mas por um cidadão brasileiro, pai de três filhos e avô de duas crianças, além de uma terceira que está em gestação.

    O apoio à carta é uma declaração de crença, não de voto, como podem imaginar pessoas influenciadas por essa visão polarizada que tantos prejuízos já trouxe ao País. Não é uma posição contra ou a favor de pessoas, mas sim pró-Brasil. É, também, uma preocupação com a possibilidade de, após a eleição, termos um terceiro turno, com descontentes questionando o resultado e as consequências dele, e o risco de continuidade da tensão no Executivo, Legislativo e Judiciário.Defendo um caminho que promova a volta da esperança e a reunificação das famílias. Por isso, declaro meu apoio à candidatura da senadora Simone Tebet, unindo-me a milhares de outras pessoas que assinam o manifesto “A Melhor via para o Brasil”. Nomes que admiro, como Ana Carla Abrão, Arminio Fraga, Beatriz Tess, Eduardo Mufarej, Elena Landau, Lourdes Sola, Luis Stuhlberger, Miguel Reale Junior, Pedro Malan e Tarcila Ursini, entre outros(as) representantes de diferentes estratos da sociedade, que já demonstraram a crença de que a candidatura de Simone Tebet é a melhor alternativa para pacificar o Brasil neste momento.

    E por que eu, e tantas outras pessoas, apoiam a candidatura da Simone Tebet? Porque acreditamos que ela seja a pessoa mais bem capacitada para ouvir e dialogar, sabemos sua proposta e conhecemos o time que a apoia. Não é um voto no escuro, em candidaturas sem proposta ou equipes conhecidas.

    Espero, ao eleger um governo não marcado pela polarização, que o Brasil se prepare para o futuro a partir da existência de um planejamento estratégico, algo que não identifico nos extremos da discussão atual. Um plano que mantenha e melhore as iniciativas positivas já implementadas, mas também com sensibilidade para enfrentar os problemas existentes com o olhar no interesse coletivo.

    Precisamos de um salto na educação, que embora seja universalizada, é de baixa qualidade e só tende a contribuir para a continuidade das desigualdades sociais; um programa que resulte na criação consistente de empregos; um modelo que combata a ineficiência administrativa do Estado brasileiro; um projeto que promova a preservação do meio ambiente e compreenda como ela pode estimular a inclusão social e levar o Brasil a uma posição geopolítica compatível com sua grandeza.

    A poucas semanas do primeiro turno eleitoral, espero que a população brasileira passe a exigir de seus candidatos e candidatas que apresentem propostas concretas para os principais temas do País e compreendam que a polarização é apenas uma “cortina de fumaça” para que os assuntos realmente importantes à sociedade não sejam discutidos apropriadamente.

    A omissão resultará em um preço a ser pago por nós, nossos(as) filhos(as) e netos(as). Para questões como desigualdade social ou mudanças climáticas, quatro anos é um período que não podemos desperdiçar. Já para quem sofre com a fome, a pobreza e a falta de esperança, um dia já é muito tempo.

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