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    Zagueiro do Fortaleza cobra a CBF: “Nem nos ligaram, importante é a bola rolar”

    Titi foi um dos seis feridos após ataque a ônibus do time cearense na semana passada, no Recife

    Zagueiro Titi foi um dos feridos em atentado ao ônibus do Fortaleza
    Zagueiro Titi foi um dos feridos em atentado ao ônibus do Fortaleza Foto: Mateus Lotif/ Fortaleza

    Marcel Rizzoda Itatiaia

    O zagueiro Titi, um dos seis jogadores feridos após o ataque ao ônibus que levava a delegação do Fortaleza da Arena Pernambuco, na região metropolitana do Recife, ao hotel, na quinta-feira passada (22), cobrou nesta terça-feira (27) medidas efetivas da CBF contra a violência.

    Segundo ele, em entrevista ao programa “Seleção SporTV”, no SporTV, ninguém da entidade ligou para os atletas para saber como estavam.

    “CBF, presidente Ednaldo, chegou o momento. O que mais me choca é que não recebemos nenhuma ligação, seja do presidente da CBF ou de alguém, perguntando como estamos. O importante é que a bola continue rolando”, disse o jogador.

     

     

    Após pedido da Federação Cearense de Futebol (FCF) e do Fortaleza, a diretoria de competições da CBF adiou por três dias o jogo contra o Fluminense do Piauí, pela primeira fase da Copa do Brasil, que saiu da próxima quinta (29) para o domingo (3).

    Mas Titi não estará em campo nesta partida. Ele precisou fazer uma cirurgia, no sábado (24), para retirada de um fragmento que ficou em sua perna após o ataque com bomba e pedras da torcida do Sport, depois do 1 a 1 pela Copa do Nordeste. O zagueiro deve perder pelo menos quatro partidas.

    “Eu fiz um apelo em um vídeo ao presidente Ednaldo, que hoje senta na cadeira principal do nosso futebol brasileiro, para que ele use esse poder que ele tem hoje para que seja uma coisa marcante, que isso o que aconteceu com o Fortaleza seja um passo para a mudança. Os atletas e aqueles que vivem do futebol são xingados por palavras, maltratados por atitudes, agora foi por violência no nosso ônibus. O que estão esperando para fazer alguma coisa?”, disse Titi.

    Um dia após o ocorrido, a CBF emitiu uma nota de repúdio, mas sem apresentar propostas efetivas para diminuir a violência no futebol brasileiro.

    Titi também cobrou uma união maior dos jogadores. Ataques contra delegações têm ocorrido com frequência. Há dois anos, por exemplo, torcedores do Bahia atentaram contra o ônibus do próprio time e o goleiro Danilo Fernandes, atingido por estilhaços, quase perdeu a visão.

    “Talvez os atletas também tenham um pouco de culpa nisso, porque o certo era nenhuma rodada acontecer. A bola não poderia voltar a rolar enquanto os bandidos que tiveram aquele ato não fossem penalizados. Mas, infelizmente, no nosso país, o mais importante é que a bola continue rolando”, afirmou Titi.

    O ataque

    Além dele, o goleiro João Ricardo, o lateral Dudu, o zagueiro Brítez e o volante Lucas Sasha sofreram escoriações após uma bomba e pedras serem arremessadas. O lateral Gonzalo Escobar levou uma pancada na cabeça, chegou a ficar desacordado, mas não precisou ser internado.

    João Ricardo e Sasha já treinaram com o grupo no campo. Dudu deve estar disponível para enfrentar o Fluminense-PI no fim de semana, mas Escobar e Brítez são dúvidas.

    O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) proibiu, de maneira liminar até o julgamento, o Sport de ter torcida como mandante ou visitantes em jogos organizados pela CBF, como a Copa do Brasil e a Copa do Nordeste. A polícia de Pernambuco investiga o caso e um homem já se apresentou admitindo ter participado da emboscada. Como não houve o flagrante, ele foi liberado.


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    Este conteúdo foi criado originalmente em Itatiaia.

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