Trajes de cruzados usados por torcedores da Inglaterra são “ofensivos”, diz Fifa
Alguns torcedores da Inglaterra vão a eventos esportivos vestidos como o patrono inglês São Jorge, equipados com capacetes, cruzes e espadas de plástico
Antes do confronto entre a Inglaterra e os Estados Unidos na Copa do Mundo no Catar nesta sexta-feira (25), a Fifa disse que as roupas de cruzados usadas pelos torcedores ingleses são “ofensivas”.
Alguns torcedores da Inglaterra vão a eventos esportivos vestidos como o patrono inglês São Jorge, equipados com capacetes, cruzes e espadas de plástico.
“Trajes de cruzados no contexto árabe ou do Oriente Médio podem ser ofensivos para os muçulmanos. É por isso que os colegas anti-discriminação pediram aos fãs que vestissem as coisas do avesso ou trocassem de vestido”, disse a Fifa à CNN:
Os exércitos cristãos lutaram contra os muçulmanos por mais de 200 anos para recuperar o controle de Jerusalém e seus arredores que estavam sob domínio islâmico.
A Fifa diz que “se esforça para criar um ambiente livre de discriminação, para promover a diversidade em toda a organização e em todas as suas atividades e eventos”.
Durante o torneio no Catar, os trajes dos torcedores de futebol estiveram em destaque – principalmente qualquer roupa ou apetrechos com as cores do arco-íris.
A bandeira do arco-íris é um símbolo dos direitos LGBTQ, e no Catar a homossexualidade é ilegal.
No Estádio Ahmad Bin Ali na segunda-feira (21), antes da partida da Seleção Masculina dos Estados Unidos (USMNT) com o País de Gales, o jornalista de futebol americano Grant Wahl e a ex-capitã do País de Gales, Laura McAllister, disseram que foram instruídos a remover itens de roupas com as cores do arco-íris pelos seguranças funcionários.
Wahl disse que foi detido e brevemente recusou a entrada na partida por causa da “camiseta de bola de futebol com arco-íris” que usava, postando no Twitter que a equipe de segurança havia dito a ele: “Você tem que trocar de camisa. Não é permitido.”
“Um guarda de segurança me disse que minha camisa era ‘política’ e não era permitida”, escreveu Wahl no Substack.
Wahl disse à CNN na terça-feira (22) que recebeu garantias de antemão de que teria permissão para usar roupas decoradas com arco-íris e que “provavelmente” usará a camisa novamente, pois “não tem medo de nada disso”.
