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    Britânica Emma Raducanu conquista o US Open aos 18 anos sem perder sets

    A jovem de 18 anos se tornou a primeira vinda do qualifying no tênis masculino ou feminino a chegar a uma final de Grand Slam – e, agora, se tornou a primeira a vencer uma

    Ben ChurchDakin Andoneda CNN

    A britânica Emma Raducanu, de apenas 18 anos, ganhou seu primeiro título de grand slam ao derrotar a canadense Leylah Fernandez por 6-4 e 6-3 na final do US Open, neste sábado (11), completando uma performance espetacular na primeira final entre atletas de menos de 20 anos de Flushing Meadows desde 1999.

    A vitória na final selou ainda uma performance memorável no torneio: Raducanu não perdeu um set sequer em todo o US Open.

    “Foi uma partida incrivelmente difícil, mas achei o nível extremamente alto”, disse Raducanu, parabenizando Fernandez pela forma como jogou ao longo do torneio. “E espero que joguemos uma contra a outra em muitos outros torneios e, com sorte, em finais.”

    Feito histórico

    O fato de a jovem de 18 anos ter chegado à final é surpreendente. O fato de ela ter vencido — histórico.

    Raducanu, filha de mãe chinesa e pai romeno, teve de passar por três rodadas de qualificação para chegar ao sorteio principal, naquela que é apenas sua segunda participação no Grand Slam.

    A jovem de 18 anos se tornou a primeira vinda do qualifying no tênis masculino ou feminino a chegar a uma final de Grand Slam – e, agora, se tornou a primeira a vencer uma.

    Até mesmo Raducanu expressou surpresa com a realização de seus sonhos durante o torneio, brincando após sua vitória nas quartas de final sobre a campeã olímpica Belinda Bencic que ela havia reservado um voo para casa “no final da qualificação”.

    Como uma educação construiu ‘força mental’

    Incrivelmente, Raducanu não perdeu um único set no torneio — e afastou adversárias muito mais experientes à medida que avançava.

    Quando questionada sobre como ela mantém essa compostura em momentos de alta pressão, Raducanu creditou as lições que recebeu de seus pais quando era criança.

    “Acho que a calma e a força mental definitivamente vêm da minha educação”, disse ela antes da final.

    “Acho que meus pais me ensinaram desde muito jovem a definitivamente ter uma atitude positiva na quadra, porque, sim, quando eu era mais jovem, era definitivamente um impedimento absoluto se eu tivesse qualquer tipo de atitude ruim.”

    Jovem vencedora

    Raducanu é agora a mais jovem vencedora de Grand Slam desde que Maria Sharapova venceu Wimbledon em 2004, e ela também se tornou a primeira mulher britânica a vencer um torneio importante desde que Virginia Wade venceu Wimbledon em 1977.

    Raducanu, 150ª colocada no ranking mundial ao chegar ao Aberto dos Estados Unidos, mostrou seu potencial em Wimbledon este ano, conquistando os corações do Reino Unido ao chegar à quarta rodada antes de desistir com “dificuldades respiratórias”.

    Mas poucos poderiam ter imaginado que esse sonho acontecesse em Nova York.

    Nasce uma estrela britânica global

    Seu novo sucesso fez sua popularidade disparar, especialmente no Reino Unido, onde ela se tornou um nome familiar neste verão.

    Ao chegar à final, a jovem foi inundada com mensagens online parabenizando a superestrela emergente e desejando-lhe sorte.

    Suas realizações na última quinzena também receberam a aprovação real, com o duque e a duquesa de Cambridge enviando seus melhores votos.

    Após sua vitória na semifinal, Raducanu disse que ter uma mãe chinesa “definitivamente incutiu desde muito jovem trabalho duro, disciplina” e que ela admirava a estrela do tênis chinês Li Na.

    “Quando eu era mais jovem, me inspirava muito em Li Na, mesmo agora, do jeito que ela era uma competidora feroz”, disse Raducanu sobre a duas vezes vencedora do Grand Slam.

    Com seu primeiro título de Grand Slam agora em seu currículo, fãs de todo o mundo estarão assistindo com expectativa para ver o que essa jovem sensação pode alcançar nos anos que virão.

    Entre aqueles que parabenizaram Raducanu neste sábado estava a rainha Elizabeth II, que, em uma carta, chamou a vitória da jovem de 18 anos de uma “conquista notável em uma idade tão jovem” e um “testemunho de seu trabalho árduo e dedicação”.

    “Não tenho dúvidas de que seu excelente desempenho, e a de sua oponente, Leylah Fernandez, inspirarão a próxima geração de líderes do tênis”, dizia a carta.

    (Texto traduzido do inglês; leia aqui o original)

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