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    CNN Esportes

    Técnico do Universitario compara comemoração do Corinthians a gesto racista

    Uruguaio Jorge Fossati, ex-Inter, é o comandante da equipe peruana

    Leonardo Parrelada Itatiaia

    Jorge Fossati, técnico do Universitario-PER, ironizou a comemoração feita pelo garoto Ryan após a vitória do Corinthians por 2 a 1, nessa terça-feira (18), pelo jogo de volta dos playoffs da Copa Sul-Americana. Além disso, o treinador comparou a comemoração aos gestos racistas feitos pelo preparador físico da sua equipe em São Paulo. As falas foram em coletivas após a partida.

    “No jogo de lá, falaram ‘índio’ ao banco de reservas durante todo o jogo. Que eu saiba, índio pretende ser uma palavra ofensiva ou racista. Isso não se falou lá, parece que ninguém ficou sabendo”, afirmou Fossati.

    “Agora aqui, de novo, não aconteceu nada pelo gesto de mostrar a camisa. Isso é rir da cara ou o quê? O garoto tem o que, 12 anos? Mas lá, por um gesto, tem um preparador físico preso há sete dias. Aqui tem que desculpar porque, pobrezinho, é um jovenzinho”, ironizou.

    Ao marcar o gol da vitória corintiana, o meia Ryan tirou a camisa e ergueu na direção da torcida peruana. O ato, que enfureceu torcedores e jogadores, iniciou uma confusão generalizada em campo. A polícia entrou em campo e a partida ficou paralisada cerca de 15 minutos.

    O técnico do Corinthians, Vanderlei Luxemburgo, repreendeu publicamente o atleta de 20 anos. Luxa pediu desculpas pelo gesto do meia.

    Preparador detido em São Paulo

    Sebastián Avellino, preparador físico do Universitario, do Peru, está preso em São Paulo. Ele foi detido por racismo após a derrota da equipe para o Corinthians, por 1 a 0, na Neo Química Arena, em São Paulo, pela ida dos playoffs da Copa Sul-Americana, na semana passada.

    O membro do staff da equipe peruana foi acusado de imitar um macaco em direção à torcida do Corinthians ao final do jogo. Testemunhas acompanharam o caso no Juizado Especial Criminal (Jecrim) da Neo Química Arena.

    Avellino teve o pedido de habeas corpus rejeitado após audiência de custódia. Ele nega ter imitado um macaco e disse ter sido alvo de cusparadas. Em nota, o Universitario defendeu o profissional e criticou as autoridades brasileiras.

    “Sebastián Avellino foi tratado como criminoso no Brasil, passando a noite em uma prisão, o que consideramos um ato inadmissível, humilhante e ultrajante”, diz parte da nota.

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