Prêmio da Copa do Mundo Feminina aumenta em 300% e chega a R$ 792 milhões
Anúncio foi feito na quinta-feira (16) pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino
O prêmio da Copa do Mundo Feminina da FIFA de 2023 aumentará em 300% e passará a ser US$ 150 milhões (cerca de R$ 792 milhões). O anúncio foi feito pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, aos delegados no 73º Congresso da FIFA em Kigali, Ruanda, na quinta-feira (16).
Embora o prêmio em dinheiro da Copa do Mundo Feminina seja agora três vezes o valor de 2019 e 10 vezes mais do que em 2015, antes de Infantino se tornar presidente da FIFA, ainda é consideravelmente menor do que o prêmio total de US$ 440 milhões (R$ 2,3 bilhões) da Copa do Mundo masculina no Catar, no ano passado.
Infantino fez o anúncio sobre o prêmio em seu discurso de encerramento no Congresso da FIFA, elogiando uma “jornada histórica pelo futebol feminino e pela igualdade” que “nos levará a um caminho para a igualdade salarial”.
“Pela primeira vez, eu planejo dedicar uma parte específica desse pagamento, que deve ir principalmente para o desenvolvimento do futebol, mas uma parte específica disso deve ir, é claro, para as jogadoras”, disse Infantino, ao anunciar a etapa dois de seu plano de três etapas.
O primeiro passo, disse Infantino, “serão condições e serviços iguais para todos os homens e mulheres que jogam em uma Copa do Mundo”, uma referência a provisões como acomodação e voos.
“Isso será uma realidade já para a Copa de 2023, as mesmas condições para a Copa do Mundo de 22 serão para as jogadoras e comissão técnica da Copa do Mundo Feminina de 23”, disse Infantino.
Ele acrescentou que a terceira etapa “será a mais complicada” e “incluiria uma estratégia de marketing dedicada ao futebol feminino”.
“Nossa missão será conseguir igualdade nos pagamentos das Copas do Mundo de 2026 masculino e 2027 feminino”, disse Infantino.
No ano passado, a Seleção Feminina dos Estados Unidos (USWNT) ganhou mais dinheiro – US$ 6,5 milhões – com seu equivalente masculino chegando à fase eliminatória do Catar 2022 do que com as vitórias nas Copas do Mundo em 2015 e 2019.
‘Ações e não apenas palavras’
Segundo a Reuters, Infantino também criticou as emissoras por oferecerem entre 10 e 100 vezes menos dinheiro para a Copa do Mundo Feminina do que para o torneio masculino.
“A Fifa está avançando com ações e não apenas com palavras”, disse ele. “Infelizmente, esse não é o caso de todos na indústria. Emissoras e patrocinadores precisam fazer mais.”
Infantino também prometeu que a Fifa gerará receita recorde de US$ 11 bilhões até o final do próximo ciclo financeiro em 2026.
Em comunicado divulgado na quinta-feira (16), o FIFPRO, sindicato global de jogadores de futebol, disse que comemora o progresso feito pela FIFA em relação ao aumento do prêmio que, segundo ela, marca um passo em direção a “maior equidade e igualdade” na indústria.
A Austrália e a Nova Zelândia serão co-sediadoras da Copa do Mundo Feminina de 2023, que acontecerá de 20 de julho a 20 de agosto.