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    Vôlei de praia: Alison e Álvaro caem, e Brasil fica sem pódio pela primeira vez

    Desde que a modalidade entrou nos Jogos, em 1996, vôlei brasileiro conquistou 13 medalhas nas areias, sendo três ouros

    Paulo Junior, colaboração para a CNN

    A última dupla do Brasil em quadra nas Olimpíadas de 2020 foi eliminada nas quartas de final na noite desta terça-feira (3), e o país pela primeira vez na história não conquistará uma medalha no vôlei de praia olímpico. Alison e Álvaro perderam para Plavins e Tocs, da Letônia, por 2 sets a 0 (21-16 e 21-19) e se despediram dos Jogos de Tóquio.

    Entre homens e mulheres, o Brasil tem três ouros, sete pratas, três bronzes e dois quarto lugares nas Olimpíadas. Em quantidade, as 13 medalhas deixam o país no topo da lista histórica da modalidade — os Estados Unidos têm mais títulos, com seis.

    “Às vezes as pessoas vão ver os times da Letônia na semifinal, feminino e masculino, vão achar que é surpresa, coisa de outro mundo… Na verdade, não. O mundo está investindo no vôlei de praia e nós estamos ficando parados. Isso não é um desabafo. Tem que melhorar, investir mais, os atletas melhorarem, as pessoas da Confederação olharem com bons olhos. Esperar Ricardo e Emanuel, esperar Alison e Álvaro, vai ficar para trás. A gente tem que fazer o nosso, parabéns ao mundo que está investindo”, analisou Alison ao fim do jogo, em entrevista ao Sportv.

    Os europeus, últimos classificados no ranking mundial que definiu as vagas olímpicas, já tinham eliminado a outra dupla brasileira, Evandro e Bruno Schmidt, nas oitavas de final. Agora eles enfrentam a equipe da Noruega, Anders Mol e Christian Sorum, uma das favoritas ao título.

    Jogo ruim do Brasil, sob muito calor

    O primeiro set começou bem equilibrado, e o Brasil chegou a abrir 12-10. Até que uma disputa de bola na rede entre Alison e Plavins virou o clima do jogo, com o time da Letônia contando com erros dos brasileiros para abrir vantagem e fechar em 21-16.

    No segundo, o Brasil coreu atrás do placar praticamente o tempo todo. Ainda houve uma reação num bloqueio de Alison que deixou o jogo 17-16, mas era tarde. A dupla da Letônia, que conseguiu manter um ritmo mais intenso sob o forte calor japonês, ainda viu os brasileiros encostarem, mas fechou em 21-19.

    “No primeiro set tivemos a bola para fazer 12-9, erramos e já virou 12-14. Está calor para os dois lados, mas eu não estava conseguindo me concentrar para as bolas, estava entrando antes, errei muito ataque hoje. Mas é isso, jogo de detalhes. Eles não erraram nenhum saque, e o sistema defensivo não funcionou hoje. Até times experientes acabam sendo surpreendidos. A gente sai de cabeça erguida, hoje não foi um bom dia e tentamos fazer o melhor”, comentou Alison.

    “Foi muito bacana nossa trajetória. Justo hoje eu não consegui ter tanta concentração em alguns lances, contra-ataque, saque, no próprio levantamento. Mas a jornada é o que fica. Sou muito grato a esse cara aqui”, completou Álvaro.

    Álvaro, 30, nasceu em João Pessoa e participou dos Jogos pela primeira vez. Alison, 35, é natural de Vitória e foi às Olimpíadas pela terceira oportunidade: prata em Londres, ao lado de Emanuel, e ouro no Rio, jogando com Bruno Schmidt. Eles se juntaram em 2019, de olho numa vaga em Tóquio.

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