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    Projeto Meninos Bons de Bola introduz pessoas trans ao esporte e aposta em acolhimento

    À CNN Rádio, o fundador do time, Raphael Henrique Martins, que é um homem trans, contou as dificuldades que passou no mundo do futebol

    Amanda GarciaCarol RaciunasRafael Câmara

     

    O projeto Meninos Bons de Bola, que existe há seis anos, é o primeiro time de futebol de pessoas trans do país. O fundador da iniciativa, Raphael Henrique Martins, usou da sua própria história para dar forma à equipe.

    Em entrevista à CNN Rádio, no CNN no Plural+, ele contou que sempre foi apaixonado para futebol e jogou, ainda menina, no Juventus, após passar em uma peneira.

    “Quando comecei a entender sobre identidade de gênero, eu despertei e falei que achava que era menino, e ouvi que não poderia ficar no time, que era de meninas, isso me pegou bastante”, disse.

    Afastado do esporte, ele passou a jogar nas comunidades, com homens cis: “O pessoal me aceitava jogando, mas não aceitava minha identidade de gênero, eu tinha que ir trocado para não usar o vestiário, não tinha esse respeito e isso me deixava frustrado.”

    Anos depois, veio o Meninos Bons de Bola: “Ele funciona para mulheres e homens trans, que tiveram o sonho de jogar bola barrado por preconceito, ele vai completar 6 anos de existência e estamos crescendo, não é só futebol, fazemos o acolhimento dessas pessoas.”

    “Fico feliz que a gente consegue acolher e mostrar que é possível uma pessoa trans jogue em alto nível”, comemorou.

    Raphael afirma que o projeto é “muito gratificante”: “O futebol sempre foi salvando minha vida durante todo esse tempo, de muitas formas, e segue salvando a de outros.”

    O Meninos Bons de Bola participa de campeonatos LGBTQIAP+ e planeja expandir para as competições esportivas fora da comunidade.

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